Motoristas

Fiscalização aumenta em 530% o número de autuações de motoristas alcoolizados

De acordo com a CPRV, de janeiro até o início de março, 1.471 motoristas já haviam sofrido autuações pela Lei Seca

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

A Companhia de Polícia Militar Rodoviária (CPRV) registrou 960 casos de alcoolemia com a aplicação da Lei Seca durante o mês de fevereiro. O número é 531% maior que o registrado no mesmo período de 2015, de 152 casos. Os resultados expressivos da PM na área de segurança no trânsito demonstram a intensificação do trabalho a partir do reaparelhamento do setor, com acréscimo de viaturas e efetivo. Com a ampliação das ações, a previsão é de que apenas no primeiro trimestre deste ano, a Polícia Rodoviária Estadual supere o número de registros de todo o ano anterior.

De janeiro até o início de março, 1.471 motoristas já haviam sofrido autuações pela Lei Seca. No ano de 2015, foram 1561 autuações por alcoolemia. “A determinação é a tolerância zero quanto à mistura de álcool e direção, visando à mudança de hábito e transformação do trânsito no Maranhão. O objetivo da intensificação das blitzen de Lei Seca é salvar o maior número possível de vidas no trânsito. As ações têm sido desencadeadas com apoio do Detran-MA, o que tem sido preponderante para o sucesso da operação, pois o órgão é parceiro com ações educativas e na área de logística”, afirmou o comandante da Companhia de Polícia Militar Rodoviária, major Augusto Magalhães.

Testes

No mês passado foram realizados 4.276 testes, dentre os quais 960 foram considerados infratores. Dos testes comprovados, 23 foram considerados crime, por ultrapassaram a faixa entre 0,25 e 0,33 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, margem que já aponta infração por alcoolemia. Nesse caso, além de serem encaminhados à delegacia, os infratores têm de responder criminalmente e são liberados somente mediante pagamento de fiança.

A ingestão de bebida alcoólica acima do permitido associada à direção de veículos configura infração gravíssima, com perda de 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e possível suspensão do direito de dirigir. Segundo o major, a recusa em fazer o teste do bafômetro é considerada, pela Lei, infração e é fixada no valor de R$ 1.915,40. “Para o legislador, se o motorista não bebeu, não tem porque não se submeter ao teste”, completa o comandante da Polícia Rodoviária Estadual.

Dados da seguradora Líder constatam uma redução de 25% na solicitação do seguro DPVAT no Maranhão. Segundo o major Magalhães, o número é reflexo direto da redução de acidentes de trânsito. A ampliação das blitzen foi viabilizada pelo governo estadual a partir da incorporação de mais policiais ao trabalho, além do aumento do número de viaturas destinadas a esta modalidade de fiscalização. Atualmente, a Companhia dispõe de 94 policiais que se revezam em ações diárias de fiscalização na capital.

“O aumento de efetivo e o aporte de viaturas e de equipamentos, com novos bafômetros, inclusive, dinamizaram o trabalho. Nosso modo de atuação voltou-se mais para dentro da capital e desenvolvemos estratégias, como a execução de operações nas proximidades de grandes aglomerações”, lembrou o major.

Novas bases

Com a consolidação do trabalho na capital, a Companhia deverá ter o trabalho expandido, com foco também no interior do estado. No início deste mês, o governador Flávio Dino assinou um convênio que autoriza a criação de novos postos da Companhia de Polícia Militar Rodoviária. A ideia, inédita no estado, vai permitir maior policiamento nas rodovias estaduais e combate à criminalidade, ao mesmo tempo que oferece mais segurança ao trânsito.

“Serão oito locais e isso vai contribuir na medida em que uma efetivação de fiscalização permanente nas rodovias estaduais. Faremos o patrulhamento dasMAs, em operações regulares, e operações pontuais em municípios adjacentes, além da fiscalização em postos fixos”, detalha o comandante da CPRV.

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