poluição

Técnicos da Semmam recolhem amostras da “língua negra”

Procedimento foi feito após denúncia publicada na edição de ontem de O Estado; Companhia de Saneamento Ambiental nega a existência do fato

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
A poluição de um dos afluentes do Rio Calhau, na Avenida Litorânea, foi denunciada ontem por O Estado
A poluição de um dos afluentes do Rio Calhau, na Avenida Litorânea, foi denunciada ontem por O Estado (A poluição de um dos afluentes do rio Calhau, na Avenida Litorânea, foi denunciada ontem por O Estado)

Técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam) estiveram, na manhã de ontem, em um dos afluentes do rio Calhau, na Avenida Litorânea, e recolheram amostras da água poluída, conhecida por 'língua negra', denunciada por O Estado, em sua edição de ontem. A direção da Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) negou oficialmente a existência do problema.

Segundo a Semmam, após o recolhimento de parte do líquido despejado na orla de São Luís, o material será encaminhado para análise laboratorial. Ainda de acordo com o órgão, o resultado deverá sair em até 15 dias.

Ainda de acordo com a secretaria, dependendo do parecer será feita a notificação dos responsáveis, caso constatada a poluição. Não foi informado no entanto, quais são as sanções que poderão ser aplicadas neste caso.

A mancha escura surpreendeu, mais uma vez, banhistas e frequentadores que passaram domingo,6, pelo trecho da orla no Calhau. Algumas pessoas tiraram fotos para exibir pelas redes sociais com manifestações de protesto.

Em agosto do ano passado, a 'língua negra' ganhou repercussão. À época, o trecho poluído era exatamente o mesmo em que O Estado constatou a existência de uma mancha negra no último domingo. Depois da divulgação do problema, técnicos da Semmam estiveram no local e constataram o despejo de resíduos sólidos em uma das áreas ambientais mais importantes da cidade.

Procurada por O Estado, na ocasião, a Caema justificou o problema alegando que o 'dano ambiental' havia sido causado por um defeito em uma estação elevatória do órgão. A Semmam aplicou multa à Caema em avaliada em aproximadamente R$ 45 milhões. Questionada por O Estado, a Semmam não informou se o valor foi quitado pela Companhia.

A direção da Caema disse que técnicos do órgão também estiveram no local, na manhã de ontem, em que foi constatada a “língua negra”, Na ocasião, os servidores também recolheram amostras da água. Perguntado sobre o problema, o presidente da Caema, Davi Telles, afirmou que não há nenhuma mancha negra. “ Não existe este problema. Encaminhei técnicos ao local e posso garantir que não havia nada”, declarou.

Despoluição
Ainda em agosto de ano passado, o Governo do Estado, por meio da Caema, havia anunciado que iniciava obras de despoluição da Lagoa da Jansen e das praias de São Luís. As iniciativas faziam parte do programa ‘Mais Saneamento’, lançado pelo governador Flávio Dino.

Foi anunciado que seriam eliminados 12 dos 27 pontos de lançamento de esgoto na Lagoa da Jansen, em um prazo de 60 dias. Os outros 15 pontos de lançamento de esgoto deveriam ser retirados ao longo de 2016. Eram previstas ainda a despoluição dos rios Pimenta e Claro com novo sistema de tubulação, estação elevatória e redes coletoras.

Mais
Segundo técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam), que estiveram no Calhau em agosto de 2015, um fato conhecido por 'língua negra' é composto pelo lançamento de resíduos sólidos, oriundos de redes sanitárias de esgoto, em afluentes de rios e lagos e que são despejados no mar.

Frase

“ Não existe este problema. Encaminhei técnicos ao local e posso garantir que não havia nada”

Davi Telles

Presidente da Caema

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