Desconhecida

Mangue Seco, beleza única na Ilha

Quase selvagem, praia é uma das mais belas da Região Metropolitana de São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Os pequenos barcos de pesca dão um toque todo especial ao lugar
Os pequenos barcos de pesca dão um toque todo especial ao lugar

Com o crescimento da Região Metropolitana de São Luís e dos agitos comuns aos centros urbanos, a procura por novas opções de lazer e tranquilidade tem crescido. Pelo fato de a capital maranhense ser uma ilha, com praias por todos os lados, umas propícias ao banho e outras nem tanto, a maioria dos moradores, especialmente nos finais de semana, busca o turismo de sol e mar como forma de descontração. A Avenida Litorânea e as praias do Meio e Araçagi são as mais frequentadas. No entanto, para quem quer fugir dos burburinhos e relaxar, existem outras opções disponíveis. As praias dos vizinhos municípios de São José de Ribamar e Raposa estão se tornando os novos xodós dos amantes da natureza e do bronzeado perfeito. A Praia de Mangue Seco, que fica próximo ao condomínio Alphaville, é um dos poucos lugares da Ilha onde o visitante pode encontrar, além de um cenário primitivo, uma estrutura aconchegante - e simples - para proporcionar um dia de puro encantamento.

Mangue Seco fica logo após a movimentada Praia do Araçagi, mas o acesso pela areia de automóvel ou moto só pode ser realizado quando a maré estiver na vazante. O ideal é seguir pela rodovia que dá acesso ao município de Raposa e, logo após o bairro Pirâmide, entrar numa via pavimentada até o pequeno vilarejo.

O visitante deixa o veículo e segue por uma trilha com vegetação nativa e marítima até a praia. O contato com a natureza durante todo o trajeto é permanente e pudemos, ainda, interagir com os pescadores e moradores do lugar, que são muito simpáticos e receptivos. Justamente a dificuldade de acesso é que torna o lugar ainda mais atraente e o mantém naturalmente selvagem. Por toda a margem, espalham-se bares simples, estilo barracões, quase encobertos pela areia e algumas casas de pescadores.

O clima agradável e o mar calmo com água esverdeada e morna fazem esquecer o frenesi da cidade grande. Nem parece, mas o local está bem próximo do centro urbano de São Luís. De lá, avistamos os imponentes prédios da Avenida Litorânea e da Península da Ponta d’Areia. A região da praia fica encravada entre dunas baixas, onde um sol majestoso reina absoluto. Uma brisa intensa e suave embala as palhas dos coqueiros, moldando a orla apaixonante e refrescando todos que passam pelo local. Parece até uma dança lenta da areia com a vegetação rasteira.

O lugar abriga diversos ecossistemas, tais como restinga e mangue. Portanto, toda e qualquer diversão no local deve levar em consideração a fragilidade do lugar e o respeito permanente com a natureza. A sensação é de total tranquilidade. Parece que o tempo parou. A natureza, ainda não agredida, retribui com belas esculturas de pedras e pequenas piscinas naturais, que surgem com a maré baixa. Um cenário relaxante.

É comum o visitante encontrar famílias inteiras acampando ou passando o dia e a noite no local. A pequena vila de pescadores apresenta uma simples, mas aconchegante estrutura, para receber seus visitantes. O preço cobrado é abaixo dos demais bares da orla de São Luís e a quantidade, satisfatória. Com um pouco de sorte, pode-se deparar com a chegada dos barcos e comprar peixes frescos, que são abundantes.

Os barquinhos de pesca com suas velas coloridas dão um toque todo especial ao lugar. Durante a semana, a maioria dos estabelecimentos fica praticamente sem clientes e a praia, quase deserta. É o momento certo para a “cata” do sarnambi, uma espécie de marisco, encontrado com fartura no local e que rende pratos deliciosos da culinária maranhense. Somente nos finais de semana o fluxo de visitantes aumenta. Garças, guarás, maçaricos e aves da mata maranhense são vistos a todo instante.

Deslumbrante e tranquila, onde o visitante recarrega suas energias e alivia a tensão diária. Assim é a Praia de Mangue Seco. Um lugar que vai ficar marcado para sempre pelo toque majestoso da natureza. É impossível não notar o esplendor natural. Um dos lugares que todos os moradores ou turistas que passam por São Luís devem conhecer.

DICAS

O ideal é o visitante chegar cedo e curtir por muito mais tempo as potencialidades do lugar. A Prefeitura de Raposa, que deveria incentivar o turismo, não investe no setor. O estacionamento nos finais de semana fica pequeno para o volume já elevado de frequentadores. Como o passeio depende da variação da maré, é importante verificar antes o horário dessas “elevações”. Leve água, suco, frutas e saquinho para recolher o lixo. Se tiver crianças de
colo, pode levar rede, pois o local tem espaço para esse tipo de “acolhida”. Quem for curtir um bronzeado, deve levar uma esteira de palha, cadeira própria ou toalha, pois os bares não contam ainda com esse serviço.

COMO CHEGAR
De carro, seguindo no sentido praia do Araçagi e, de lá, até o bairro Pirâmide, pertencente ao município de Raposa. Ao avistar uma estátua, entre no acesso à esquerda e siga até o final do asfalto. Deixe o carro lá. É seguro. Se o visitante contar com veículo traçado, pode seguir pela praia do Araçagi, atravessar o pequeno igarapé e chegar a Mangue Seco.

ONDE COMER
Restaurante do “Seu Pedro”. Pratos a partir de
R$ 40,00 (2 pessoas).

O QUE LEVAR
Como em todo passeio de sol e mar, leve toalhas. Use roupas leves e claras. Não esqueça o filtro solar, chapéu ou boné, óculos escuros e filmadora ou câmera fotográfica para registrar a aventura.

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NA BAGAGEM

Estados interligados
A estrada que vai interligar os Lençóis Maranhenses ao Delta do Parnaíba e Jericoacoara está em fase avançada. A expectativa é que ainda neste ano essa importante rodovia, que vai proporcionar um grande crescimento da região, possa ser inaugurada. Existe ainda a implantação de um parque eólico, que irá suprir o abastecimento de energia, nesses estados. É o sonho que o trade aguarda ser concretizado.


Tráfego de veículos
O subprefeito de São Luis, Fábio Henrique Carvalho, está tendo um trabalho danado, juntamente com os outros órgãos competentes, no sentido de eliminar o tráfego de veículos não autorizados na região do Centro Histórico de São Luís. Vários caminhões, especialmente de entrega de produtos, ultrapassam os limites estabelecidos e prejudicam o fluxo de pedestres. E o pior: quebram as ruas e chegam até a danificar postes de iluminação pública. Vários desses veículos já foram multados. Cabe à população denunciar às autoridades policiais essas práticas nocivas ao nosso patrimônio mundial.


Em BH, São Luís e Portugal

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A Feijoada do Maranhão, que em 2016 completa 25 anos, já conta com um calendário de atividades distribuídas num período de seis meses, com metas a serem cumpridas, e já é uma marca reconhecida nos eventos da capital mineira. Com grande sucesso em Belo Horizonte e São Luís, terra natal do seu idealizador, Valdez Maranhão (foto), este ano a Feijoada vai ultrapassar as barreiras do nosso país e vai desembarcar em Lisboa, capital de Portugal. Os eventos já contam com datas confirmadas. Em BH, será dia 27 de agosto, nos luxuosos salões do Othon Palace Hotel. Em São Luís, será dia 8 de outubro, no conceituado Hotel Luzeiros, com vista para o mar. Já a primeira edição internacional, acontecerá dia 3 de dezembro, no Hotel Mundial, Lisboa, e vai celebrar a confraternização com os nossos irmãos portugueses. Informações do pacote de viagem para Portugal, com a Operadora de Viagens B&L. Telefone: (31) 3273-2429.


Semana Santa
A rede hoteleira de São Luís e Barreirinhas, principais destinos turísticos do Maranhão, aguarda com bastante expectativa um aumento no número de turistas durante o feriadão da Semana Santa. No Carnaval, a taxa de ocupação foi uma das menores registradas no período, na capital. Em Barreirinhas, além de turistas, a cidade espera por serviços de melhorias no município, que se encontra abandonado. Ruas esburacadas, lixo, orla deteriorada e esgoto correndo a céu aberto contrapõem-se ao cenário paradisíaco do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Uma pena.

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