Cinema

Aprendizagem com a Sétima Arte em projeto do cineasta Cícero Filho

Projeto Cinema na Escola, coordenado pelo cineasta Cícero Filho, encerra um ciclo e deverá ter continuidade este ano; estudantes de escolas do município de Poção de Pedras receberam certificados pela produção do filme “O Cão Chupando Manga”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Cena do filme "O cão chupando manga", de Cícero Filho
Cena do filme "O cão chupando manga", de Cícero Filho (cão)

Criar uma cadeia produtiva do cinema, com a oferta de cursos e oficinas para estimular a produção do cinema e também passar mensagens de temas importantes para a sociedade por meio da exibição de filmes. É com essa intenção que o cineasta Cícero Filho, há alguns anos, desenvolve ações para jovens e adolescentes no interior do Maranhão, por meio do Projeto Cinema na Escola. Para este ano, a ideia do cineasta Cícero Filho é expandir o alcance do Projeto Cinema na Escola, estendendo as atividades também para cidades do Piauí.

Na última semana, foi encerrado o primeiro ciclo da iniciativa, que ocorreu com a projeção gratuita do filme de média-metragem “O Cão Chupando Manga”, no município de Poção de Pedras. A obra de gênero “Terror Trash” conta com um elenco e roteiro formado por estudantes do C.E. Joaquim Salviano daquele município e também teve toda a produção feita com apoio da comunidade.

“O Cão Chupando Manga”, aborda a problemática do bullying, foi exibido juntamente com o curta “Dê uma Xanxa ao Amor”, em um telão montado na Praça Nice Lobão, batendo recorde de público. O cineasta Cícero Filho sentou ao lado dos alunos que participaram da produção e de professores da instituição. “Foi um momento muito especial para todos nós que participamos e principalmente para os alunos que vivenciaram intensamente toda a produção. É gratificante ver o resultado de um trabalho de dedicação e empenho de toda uma equipe”, disse Cícero Filho.

O filme tem 38 minutos e foi produzido ao longo de 480 horas de aula, por 30 estudantes. De acordo com Cícero Filho, o projeto ajuda no rendimento escolar dos estudantes e desperta a comunicação, contribuindo também para vencer barreiras como a timidez. “Trabalhamos com diversas formas de expressão até chegarmos ao processo final, que é a produção do filme. Acreditamos bastante na arte do cinema para a transformação social”, frisou Cícero Filho.

Formação- O projeto “Cinema na Escola” tem como intuito transmitir gratuitamente às crianças e jovens o conhecimento das técnicas cinematográficas desde a teoria à pratica, promovendo a apropriação do conhecimento necessário para que os mesmos possam realizar suas produções audiovisuais.

“Busca oferecer ao alunato a aquisição de novos saberes, novas atitudes para a valorização da cultura local e o respeito às adversidades culturais, por meio de descobertas, não só os alunos, mas à comunidade, pois a mesma também participará da produção do filme durante as filmagens do seu filme e assim, criando uma aproximação e interação comunidade e alunos”, disse Cícero Filho.

O cineasta destaca que a inclusão de novas formas de construir o processo de ensino-aprendizagem é uma medida necessária para uma formação integral e adequada às características culturais do cidadão das sociedades modernas. O cinema torna-se uma proposta educativa evidente, quando representa um instrumento de mudança social, pelas vias das técnicas e da ciência. “Considerado como uma ferramenta educacional, tem a oportunidade de inserir na sala de aula como possibilidade do processo educacional e percorre etapas como impressão da realidade, identificação e interpretação, sempre aliando a teoria à prática”, finalizou.

Mais

Cícero Filho é cineasta maranhense, radicado no Piauí, é dele os filmes Ai que Vida (2008), que aborda com humor, problemas sociais e corrupção no interior do Brasil e Flor de Abril (2014), um romance rodado em cidades do Piauí, Maranhão e também em São Paulo.

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