Abandono

Praça está sem manutenção no bairro Anjo da Guarda

De acordo com moradores, espaço público não recebe intervenções desde o ano passado; o Instituto Municipal do Paisagismo Urbano informou que enviará uma equipe ao local para verificação das necessidades de infraestrutura

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

SÃO LUÍS - A Praça da Roseira, no An­­jo da Guarda, deveria ser um espaço adequado e destinado ao lazer da comunidade em que está inserida. No entanto, o espaço é hoje o contrário disso. O logradouro está tomado pelo mato alto, esgoto ao seu redor e serve de ponto para descarte de lixo, até que o serviço de coleta passe pelo local.

A praça foi construída na década de 1980 e recebeu a última reforma geral em 2002, como lembram os moradores do entorno. Desde então, apenas serviços de capina e limpeza pública vinham sendo feitos no local. Mas até es­ses deixaram de ser executados desde outubro do ano passado.

Sem a manutenção adequada, o mato começou a brotar no piso e crescer nos canteiros. O esgoto também fica acumulado ao redor da praça, e moradores deixam o lixo doméstico nos cantos, para que seja levado pelo caminhão de coleta. Como não há contêineres, os sacos ficam no chão, podendo ser rasgados por animais de rua.

Cansados de esperar por uma ação da Prefeitura, os próprios mo­radores tomaram a iniciativa de cuidar dos canteiros da praça. Sérgio Viegas, mais conhecido como Pará e que mora no local desde 1969, é um deles. Além do aspecto visual, ele se preocupa com os riscos para a comunidade. “O governo está chamando todo mundo para se juntar na prevenção do mosquito da dengue e deixa a praça desse jeito, podendo criar mosquito. Cada um de nós tem feito o que pode, mas falta um serviço maior”, disse.

Contraponto
Em paralelo a essa situação, São Luís tem hoje o macroprograma “São Luís Cidade Jardim”, que visa à intervenção paisagística para transformar os espaços públicos da capital em locais ajardinados e ambientalmente aprazíveis. O programa foi lançado ainda em 2014. Pouco mais de um ano depois, ainda é possível se deparar com situações totalmente contrárias ao que o programa se propõe.

Quando lançado, o programa deveria ser realizado em parceria com empresas privadas, instituições de diversos segmentos e o envolvimento da sociedade em geral. Eram oito eixos de ação e por meio deles deveria se desenvolver ações como a implantação de portais nas entradas e saídas da cidade, auxiliar a criação de jardins ecológicos nas escolas e incentivar a jardinagem doméstica, além da conservação e manutenção da paisagem nas praças, avenidas, parques, canteiros, entre outros espaços públicos abertos da cidade.

Procurado por O Estado, o Instituto Municipal do Paisagismo Urbano (Impur) informou que enviará uma equipe ao local para verificação das necessidades de infraestrutura do espaço e para conversar com a comunidade sobre a manutenção de poda. O Impur ressaltou que é importante que a comunidade da região do entorno da Praça da Roseira se organize para que seja formado o Comitê Gestor do local e a partir daí possa ser montado um cronograma de serviços para atender aos logradouros com suporte de fiscalização dos moradores. A medida é necessária, para que não seja depredado o es­paço destinado às famílias da região.
Sobre a capina e limpeza pública, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que a limpeza está sendo realizada normalmente às terças, quintas e sextas, no período diurno e que a capina já está incluída na programação de serviços da secretaria.

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