Sem abastecimento

Falta água há uma semana no centro de São Luís

Eles reclamam que não houve nenhuma explicação da Caema para a ausência prolongada do produto

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

SÃO LUÍS - Tudo que o projetista de engenharia elétrica José Matos, morador da Rua do Norte, centro de São Luís, gostaria era de abrir as torneiras de casa e ver jorrar água. Só que há quase oito dias ele está apenas na vontade. É que pelo menos desde a sexta-feira, dia 26, o abastecimento de água no centro da capital foi interrompido sem que ninguém soubesse o motivo e quando será regularizado. Sem água nas torneiras, o jeito é carregar o produto de uma comunidade para outra ou pagar para caminhões-pipa. A situação está deixando os moradores indignados.

A revolta de José Matos tem dois motivos. O primeiro é que a irregularidade no abastecimento de água na região é um problema antigo, que nunca foi resolvido. O segundo motivo da revolta é que nunca há explicações para o problema. “Já faz oito dias que estou sem água. Nunca um diretor da Caema nos deu nenhuma explicação, e a sede deles é aqui no Centro. Será que lá está sem água também, como nas nossas casas?”, reclamou o morador da Rua do Norte, uma das mais tradicionais do Centro.

Vizinho de José Matos, Eudes Américo também quer explicações do motivo da falta de água no bairro e, principalmente, de por que a conta nunca tem redução no valor. “Eu pago por mês R$ 90,00 de conta de água, independentemente de tê-la ou não nas torneiras todos os dias. Antes, a gente tinha água todos o dias. A Caema mudou para dias alternados, e o problema só piora a cada dia. O certo seria, em uma situação como essas, a Caema fornecer água para a gente de graça. A gente paga a conta e ainda tem de comprar água, porque não tem nas nossas torneiras”, afirmou.

E é isso que Yara Botelho, outra moradora da Rua do Norte, está fazendo desde que as torneiras começaram a secar na sexta-feira, dia 26. “A gente está pagando R$ 150,00 por um carro-pipa de 5 mil litros de água. E aqui na rua não sou apenas eu que estou comprando água. Diversos moradores da Rua do Norte, Rua do Passeio e outras áreas do Centro também estão sem água e tendo de comprar”, disse.

No Goiabal, os moradores também estão sem água. Ontem, Jurandir Lima passou a manhã carregando água para sua casa. “A gente tem de acordar cedo para poder encher o tanque de casa. Estou desde as 6h levando água de um lado para o outro”, reclamou. Quando O Estado falou com ele, já eram 13h.

Já Alex de Jesus Costa, morador da Rua Santo Antônio, no Bom Jesus, teve de faltar ao serviço para não deixar a casa sem água. “Por sorte, posso pegar água aqui na casa da minha mãe para levar para a minha, mas a gente tem de cada vez buscar água mais longe. Já estou praticamente na Areinha”, comentou.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que foi detectado um problema no registro de manobra de água da região do Centro e que uma equipe já esteve no local fazendo o reparo. A situação de abastecimento será regularizada em até 24 horas, conforme informações da gerência da localidade.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.