Música

Músicas dos Mamonas Assassinas são tocadas até hoje

Há 20 anos, a banda Mamonas Assassinas sairia de cena, após um trágico acidente aéreo, ocorrido no dia 2 de março de 1996; até hoje, as músicas do grupo ainda são tocadas, segundo levantamento do Ecad

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Morte dos integrantes do grupo comoveu o país
Morte dos integrantes do grupo comoveu o país (Mamonas Assassinas)

Mamonas Assassinas, banda que fez um grande sucesso em um curto período de tempo e encerrou sua carreira com uma tragédia envolvendo um acidente aéreo, deixaria os palcos há 20 anos. Foi na madrugada do dia 2 de março de 1996 que o Learjet 25 prefixo PT-LSD partia de Brasília, mas não chegaria ao destino esperado, caindo na Serra da Cantareira. A aeronave transportava nove pessoas, entre elas todos os integrantes da banda. Passadas duas décadas, algumas das músicas dos Mamonas ainda fazem sucesso, segundo levantamento do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

O grupo deixou 22 obras musicais e 25 fonogramas cadastrados no banco de dados da instituição, responsável por recolher e distribuir os direitos autorais de execução pública de música. Desde 2004 até o ano passado, as músicas mais tocadas (em casas de diversão, casas de festas, música ao vivo, rádio, show e sonorização ambiental) foram “Pelados em Santos”, “Robocop Gay” e “Vira-vira”.

Os sucessos da banda não foram esquecidos e até hoje são interpretados por outros artistas em shows e eventos. Também segundo o Ecad, entre as canções mais regravadas por outros artistas estão “no top 5”, respectivamente, “Pelados em Santos”, “Robocop Gay”, “Chopis centis”, “Vira-vira” e “Sábado de Sol”. Os direitos autorais referentes à execução pública dessas músicas continuam sendo distribuídos aos herdeiros dos músicos pelo Ecad.

Homenagens- Para homenagear a história do grupo, no teatro, “O Musical Mamonas” tem estreia prevista para o próximo dia 11, em São Paulo. Com direção de José Possi Neto e texto de Walter Daguerre, contará, no elenco, com Ruy Brissac, Arthur Ienzura, Elcio Bonazzi, Yudi Tamashiro e Adriano Tunes. Espécie de musical biográfico, a peça colocará em revista a história dos artistas e toda a irreverência musical do grupo. No palco, serão os próprios “Mamonas” a apresentar a história.

O produtor de Mamonas Assassinas, Rick Bonadio, conheceu os artistas quando a banda ainda se chamava “Utopia”. Ele, que é responsável pela “virada” do grupo e acredita não ter nascido outro com tamanha irreverência, afirma que, antes da fama, “o som deles era bem sério”. Bonadio acredita, que, não fosse o acidente, estaria na ativa até hoje. “Não somente como banda, mas na TV. A criatividade e o carisma deles eram muito fortes”.

Curiosidades

Os Mamonas chegaram a fazer três shows por dia, cobrando R$ 70 mil por apresentação. Apenas os estados do Acre e do Tocantins não foram visitados pela banda.


Lançado em CD, LP e K7, o álbum dos Mamonas Assassinas recebeu o certificado de Disco de Diamante da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD).


“Vira Vira” foi a segunda música mais tocada no Brasil naquele ano, e “Pelados em Santos” ficou em terceiro lugar. Ambas perderam apenas para “Take a Bow”, da Madonna.


“Pelados em Santos” ganhou o Troféu Imprensa de Melhor Música de 1995. O grupo também ganhou o prêmio de Revelação do Ano.
“Sabão Crá Crá” foi tema do personagem Mocotó (André Marques) em “Malhação”, da Globo, em 1996, e “Robocop Gay” fez parte da trilha sonora de “Caminhos do Coração”, da Record, em 2007.

As mais tocadas

Pelados em Santos

Robocop gay

Chopis centis

Sábado de sol

Bois don't cry

Jumento celestino

Mundo animal

Sabão crá-crá

Lá vem o alemão

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