SÃO LUÍS - Uma casa localizada na Rua 6, na Vila Mauro Fecury II, na área Itaqui-Ba­­canga, desabou no último sábado, dia 27. Feita de taipa, localizada em uma ladeira, caiu durante uma chuva forte durante a madrugada. Assim como ela, muitas outras estão construídas em pon­tos íngremes do bairro, locais onde há o risco de sinistros com as chuvas que tem atingido a cidade.

O acidente aconteceu por volta de 0h de sábado. Maria Antônia Soares Neves, dona da casa, lembra que estava chovendo muito quando o companheiro escutou estalos na estrutura do casebre. Temendo um acidente, eles saíram rapidamente da casa com os quatro filhos dela. Logo depois, a casa desabou, destruindo tudo o que havia dentro.

Hoje, a família está alojada na casa de um vizinho. Maria Antônia Soares Neves conta que faria um ano que havia construído a casa no local, depois de “ganhar” o terreno na ladeira. Nesse período, ela nunca viu equipes da Defesa Civil em sua rua. Nem mesmo depois do acidente e necessitando de assistência. “Ninguém nunca veio aqui. Eu queria levantar minha casa de novo com barro, mas os vizinhos não deixam. Eles têm medo que caia de novo. Só Deus para ver como vai ficar minha vida”, disse.

Preocupação
Para os outros moradores, fica a preocupação com as próximas chuvas até o final do período chuvoso, como afirmou Rosângela Pereira. “A gente fica com medo sempre. Quando chove, piora. Mas ninguém continua nisso porque quer e sim porque precisa”, afirmou.

A Rua 6, onde Maria Antônia Soares Neves morava, é apenas uma das vias da Vila Mauro Fecury II que têm como principal característica a ocupação desordenada. Casas de taipa e alvenaria vão sen­do construídas em todo terreno disponível, mesmo que ele não seja adequado e que haja risco de acidentes.

A Vila Mauro Fecury II é um dos bairros que têm figurado no mapeamento de áreas de risco de São Luís nos últimos anos. Ainda em dezembro de 2015, a Prefeitura de São Luís, por meio da Superintendência de Defesa Civil Municipal (Sudec), órgão ligado à Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), realizou a atualização do mapeamento das áreas de risco 2015/2016. Os resultados mostraram que ainda havia 60 pontos na cidade.

Algumas áreas de risco estão localizadas em bairros como Salinas do Sacavém, Coroadinho,Vila Bacanga, Vila Isabel, Quinta dos Machado, Vila Embratel, Sá Viana, Itapera, Quebra-Pote, Sacavém, Geniparana, Residencial José Reinaldo Tavares, Vila Lobão, Vila Ayrton Senna, Recanto Canaã e Vila Funil.

SAIBA MAIS
CHUVAS

Nos meses de março e abril, são esperados os maiores volumes de chuva, segundo as médias normais, com 428 e 475 milímetros, respectivamente. segundo as médias normais, com 428 e 475 milímetros respectivamente.

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