Assistência

Carreta leva a municípios diagnóstico de hanseníase

No total, 22 cidades maranhenses receberão, até 20 de abril, o atendimento móvel disponibilizado pelo Ministério da Saúde para combater a doença

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Consultas e exames para diagnóstico da hanseníase são disponibilizados na carreta enviada ao Maranhão
Consultas e exames para diagnóstico da hanseníase são disponibilizados na carreta enviada ao Maranhão (carreta)

Vinte e dois municípios do Maranhão receberão a visita da Carreta da Saúde contra a Hanseníase, do Ministério da Saúde, até o dia 20 de abril. Até dia 16 deste mês, 531 pessoas já receberam atendimento no veículo, que possui cinco consultórios e um laboratório para diagnóstico, além de fazer distribuição gratuita dos medicamentos após a confirmação de casos da doença.

Ontem, a Carreta da Saúde contra a Hanseníase estava na Praça Principal de Miranda do Norte e hoje o atendimento será em São Mateus. Estão agendados atendimentos também nos municípios de Bacabal (29 de fevereiro a 1º de março), Alto Alegre do Maranhão (2 de março), Peritoró (3 de março), Pio XII (7 e 8 de março), Santa Inês (9 e 10 de março), Zé Doca (11 de março), Nova Olinda (14 e 15 de março), Maracaçumé (16 e 17 de março), Bom Jardim (18 de março), Monção (22 de março), Alto Alegre do Pindaré (23 e 24 de março), Bela Vista do Maranhão (8 de março), Buriticupu (29 e 30 de março), Açailândia (31 de março e 1º de abril), Imperatriz (4 a 6 de abril), Porto Franco (7 e 8 de abril), Grajaú (11 e 12 de abril), Barra do Corda (13 a 15 de abril) e Arame (18 a 20 de abril).

Desde a chegada da carreta ao Maranhão, 372 pessoas foram atendidas em São Luís nos bairros Cidade Operária, Coroadinho e Centro. Nesse período, 11 novos casos da doença foram diagnosticados, sendo um em menor de 15 anos de idade.

No município de Paço do Lumiar, dia 19, foram atendidas 52 pessoas e um caso foi diagnosticado com a doença. Já na Raposa, no sábado, 20, ocorreram 107 atendimentos e três confirmações da hanseníase.

A auxiliar de cozinha, Maria Aparecida Araújo, de 36 anos, esteve na unidade na Praça Deodoro para realizar o exame e ressaltou a importância da prestação desse serviço. “Soube que a carreta estaria aqui pela televisão. Há um tempo já queria fazer esse exame, por observar algumas manchas na pele. Fico feliz por hoje ter dado certo e por sair daqui com a certeza de que está tudo bem”, contou.

Rosenélia Nascimento soube pela internet, por meio de uma mídia social, da possibilidade de realizar todos os exames na Carreta que estava na Praça Deodoro. Por isso, levou o tio, Antonio Macedo, de 54 anos, para verificar por meio dos testes de sensibilidade (térmico, doloroso e tátil) o que estaria provocando manchas no braço.

“Há um tempo ele reclama dessas manchas, e após conversarmos ele aceitou vir e fez todos os exames. Vamos aguardar o resultado e, se der positivo para hanseníase, iremos logo iniciar o tratamento e alcançar a cura”, considerou Rosenélia Nascimento.

Segundo a coordenadora Estadual do Programa da Hanseníase, Raimunda Mendonça, essas ações devem estar inseridas constantemente na rotina de combate à doença, pela forma em que mobilizam a população.

“O apelo visual da carreta é muito interessante. Sabemos que ainda existe a cultura do atendimento direto com um especialista, porém com esse serviço, conseguimos mostrar a força e a importância das equipes locais e a capacidade em fazer o diagnóstico. Assim, podemos aumentar o número de pessoas em tratamento e interromper o ciclo de contaminação”, explicou Raimunda Mendonça.

Sobre a doença
A hanseníase ataca principalmente a pele e os nervos, podendo afetar os braços, as pernas, as mãos e os pés. Se não for tratada, pode causar incapacidades ou deformidades nas mãos, pés, nariz, orelhas ou nos olhos.
A doença pode atingir homens e mulheres, adultos e crianças. É transmitida de uma pessoa para outra por meio do contato próximo e prolongado. Pessoas com hanseníase param de transmitir a doença imediatamente depois que iniciam o tratamento.
No caso de suspeita da doença o paciente deve procurar uma unidade de saúde mais próxima. O tratamento é gratuito e está disponível em todas as unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

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