Reajuste

Professores cobram posição de sindicato sobre reajuste

Docentes, que se afastaram do Sinproesemma, querem dele um posicionamento em relação à não concessão, pelo Governo do Estado, do aumento salarial de 2016

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Após reunião, professores dissidentes deixam a sede do Sinproesemma, onde discutiram rejuste salarial
Após reunião, professores dissidentes deixam a sede do Sinproesemma, onde discutiram rejuste salarial (Professores)

Professores dissidentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) se reuniram na tarde de ontem na sede da entidade, na Rua Henrique Leal, Praia Grande, para cobrar do sindicato um posicionamento em relação à não concessão, pelo Governo do Estado, do aumento salarial de 2016, além do descumprimento de acordos firmados em 2013 que garantiam o pagamento das progressões e outras reivindicações da categoria. Segundo os professores, a direção do Sinproesemma afirmou que haverá nova reunião entre o sindicado e o Governo do Estado na tarde de hoje.

Em 2013, um acordo judicial fechado entre o Sinproesemma e o Governo do Estado, firmado após a greve da categoria e a aprovação do Estatuto do Educador, buscou revolver o acúmulo de progressões que não eram concedidas aos profissionais do magistério. O acordo dividiu as pendências na rede em três parcelas. Em janeiro de 2014, o Governo do Estado efetuou o pagamento da primeira, progredindo cerca de 6 mil profissionais à época. A terceira e última estava prevista para janeiro deste ano. Após isso, as progressões deveriam ser efetuadas de forma automática.

Só que não foi isso que aconteceu. Este ano, o Governo do Estado ainda não pagou a última parcela das progressões. Por isso, parte da categoria cobra que o sindicato pressione a administração estadual. “Não é apenas a questão das progressões que estão pendentes. Também estamos reivindicando uma solução para a violência nas escolas, concursos públicos e outras pautas que temos discutido há muito tem­po”, informou o professor Antonisio Furtado.

Negociação
Mas o Governo do Estado ainda não concedeu nem o reajuste salarial de 2016, que deveria ter sido pago desde janeiro. No dia 3 deste mês, a direção do Sinproesemma se reuniu com a equipe do Governo do Estado para dar continuidade à mesa de negociação da campanha salarial de 2016.

No encontro, realizado na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que contou também com a presença de representantes das secretarias de Estado de Gestão e Previdência (Segep) e de Planejamento e Orçamento (Seplan), não foram apresentadas propostas para a pauta de reivindicações do sindicato, no que diz respeito ao pagamento do reajuste do piso de 11,36% e das progressões.

Entre as outras pautas que os professores dissidentes pedem que o sindicato negocie estão a elaboração de concurso público para to­das as áreas, gratificações do Estatuto do Educador e a Gratificação de Estímulo Profissional aos servidores lotados no Colégio Cintra.

Ontem, uma comissão de professores procurou a direção do Sinproesemma e, após as discussões sobre as reivindicações, foram informados de que será realizada hoje à tarde, na sede da Seduc, no Monte Castelo, uma nova reunião entre o Governo do Estado e a categoria pa­ra debater as questões. “Amanhã, esperamos que o governo tenha uma proposta para nos apresentar com relação à nossa pauta de reivindicações. Do contrário, vamos continuar pressionando o sindicato e o Governo do Estado”, disse o professor Antonisio Furtado.

SAIBA MAIS

Em 2015, o reajuste salarial do Magistério da Educação Básica foi de 13,01%. A recomposição foi fruto do reajuste nacional do piso do magistério, anunciado pelo Ministério da Educação, em janeiro do ano passado.

NÚMERO
40 mil é o total
de professores da rede estadual (entre efetivos e contratados)

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