Poliomielite

Regionais de saúde discutem alterações no calendário de vacinação e erradicação da polio

Segundo a nota informativa nº 149, do Ministério da Saúde, foram feitas seis alterações no calendário nacional de vacinação de 2016

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

Gestores e profissionais de saúde de todo o estado se reuniram na manhã de ontem para a apresentação do plano de erradicação da poliomielite e das mudanças no calendário básico de vacinação 2016. No dia 4 de janeiro deste ano, entraram em vigor as mudanças no Calendário Nacional de Vacinação, que prevê mudanças na administração de vacinas como as que protegem contra a polio e o HPV.

Vários progressos têm sido alcançados em prol da erradicação da poliomielite nos últimos anos. O Brasil, por exemplo, foi um dos primeiros países a erradicar a doença com estratégias de vacinação e é referência na eliminação do vírus. No entanto, ainda há registros em alguns países e o risco de que o vírus volte a circular em áreas já erradicadas. Por isso, a existência de um plano global.

Para garantir que esse objetivo seja alcançado, cada país e federação deve desenvolver ações nesse sentido. No Maranhão, esse plano foi apresentado aos gestores das unidades regionais de saúde em reunião realizada ontem.

Segundo a chefe do Departamento de Controle de Doenças Imunopreviníveis e Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Helena Almeida, explica que a vacinação é uma das ações previstas no plano global de erradicação da polio.

Como a imunização contra essa doença foi uma das que sofreu alteração neste ano, o assunto foi discutido na reunião. “No nosso calendário temos duas vacinas contra a polio. Uma é a inativada e injetável e a VOP, que é oral. Um dos objetivos desse plano é retirar até 30 de março esse último tipo da vacina dos postos”, disse Maria Helena Almeida.

Ela explicou que a vacina VOP é composta por três tipos de vírus. O vírus tipo II não causa a polio, mas pode causar um evento adverso pela vacina. “O tipo II vai sair de circulação. Distribuímos a última remessa para os postos e essa vacina será substituída pela bivalente composta pelo vírus tipo I e III para fazer os reforços e ser utilizada nas campanhas”, explicou.

Alterações

Além dessa mudança, houve alteração também na forma como a vacina será administrada assim como em outras cinco vacinas. No caso da polio, a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.

A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.

Ainda para os bebês, outra diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

Também haverá mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

Na vacina Hepatite A, houve alteração da faixa etária para a administração da vacina de 12 meses para os 15 meses de idade com o objetivo de reduzir o número de vacinas injetáveis administradas em uma mesma visita ao serviço de saúde e o desconforto causado por elas.

Já na vacina que protege do papiloma vírus humano (HPV), o esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose.

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