Reforma

Flávio Dino dá posse hoje aos secretários das novas pastas de Governo

Felipe Camarão, Diego Galdino, Marcio Honaiser e Marcio Jerry assumirão oficialmente novas funções no primeiro escalão do Governo do Estado

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Governador Flávio Dino
Governador Flávio Dino (Flávio Dino fala aos deputados estaduais)

O governador Flávio Dino (PCdoB) empossa hoje os titulares das novas secretarias criadas a partir da mudança da estrutura orgânica da administração pública estadual, destacada em medida provisória assinada pelo comunista e publicada no Diário Oficial de ontem da Assembleia Legislativa.

A medida provisória institui a criação da Secretaria de Estado de Governo (Segov); a fusão entre as secretarias de Cultura e de Turismo; outra fusão entre as secretarias de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) e de Comunicação Social e Assuntos Políticos (Secap). A solenidade está marcada para às 11h no auditório do Palácio Henrique de La Rocque.

Assumirá a Secretaria de Governo, o ex-secretário de Cultura, Felipe Camarão. Esse é o terceiro posto ocupado por Camarão na gestão Dino. Além de Cultura, ele já havia passado pelo comando da Secretaria de Gestão e Previdência.

Quem assumirá a secretaria criada a partir da fusão entre Cultura e Turismo é Diego Galdino, que atuava como adjunto de Cultura. Delma Andrade, até ontem secretária de Turismo, ficará como adjunta de Galdino.

Já Marcio Honaiser é quem assumirá a pasta criada por meio da fusão entre Agricultura e Pesca e Marcio Jerry, presidente do diretório estadual do PCdoB, ficará no comando da Comunicação e Assuntos Políticos. Jerry continuará como o principal articulador político de Dino, apesar da rejeição por parte da classe política, principalmente no Legislativo, ao seu nome.

Reforma – A reforma administrativa do governo Flávio Dino, que havia sido adiantada por O Estado no ano passado, foi confirmada oficialmente pelo comunista no dia 18 de janeiro.

Dino anunciou primeiro que promoveria o auxiliar Felipe Camarão, para atuar “mais próximo” de si.

Já no dia 2 de fevereiro, durante a solenidade de reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, Dino adiantou que estava trabalhando num Projeto de Lei sobre a reforma administrativa, que seria encaminhada para a Casa.

Apesar disso, o governador editou apenas uma medida provisória, que deverá ser aprovada pela base governista nos próximos dias, mas sem a necessidade de discussão aprofundada nas comissões técnicas e no plenário.

Mais

No início do ano, quando anunciou a reforma administrativa, o governador Flávio Dino (PCdoB) justificou como medida de contenção e gastos, em decorrência da crise financeira no país. Ele afirmou que com as fusões, haverá economia aos cofres públicos. Em 2015, O Estado já havia apontado o inchaço da máquina pública no primeiro ano de mandato de Dino.

Marcio Jerry e Marcelo Tavares em queda de braço no Governo

A reforma administrativa instituída por Flávio Dino (PCdoB) deixou em evidência também a queda de braço entre os secretários Marcelo Tavares, da Casa Civil, e Marcio Jerry, da Comunicação e Assuntos Políticos.

Jerry entrou em atrito com deputados da base do Governo na Assembleia Legislativa por controlar as ações do Executivo, mas que eram de interesse do Parlamento.

Pressionado, Dino transferiu de Jerry para Tavares, a responsabilidade na interlocução entre o Executivo e o Legislativo. O presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT) e a deputada Graça Paz (PSL), comemoraram publicamente a troca feita por Dino.

É Tavares, ‘oficialmente’, quem passa a ter trânsito entre os deputados governistas e de oposição. Apesar disso, ainda há intromissão de Jerry nas discussões do Parlamento.

No período que antecedeu o Carnaval, por exemplo, ele chegou a ligar para deputados para tratar da eleição da Mesa Diretora. Fontes de O Estado afirmaram que o recado do comunista, foi de que a reeleição de Coutinho e a vaga de primeiro vice-presidente, no pleito, deverão ocorrer sob as diretrizes do Palácio dos Leões.

Apesar disso, tanto Jerry quanto Tavares, têm negado interferência na eleição da Assembleia.

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