Perigo

Perigo para banhistas: veículos transitam na Praia do Araçagi

O fluxo de veículos na praia, em São José de Ribamar, nos fins de semana é motivo de preocupação dos frequentadores do local

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Carro transita na areia e banhistas ficam em perigo
Carro transita na areia e banhistas ficam em perigo

Sem fiscalização, condutores voltaram a circular pela faixa de área da praia do Araçagi, em São José de Ribamar. No domingo, nem mesmo a maré cheia afastou os motoristas que trafegavam entre os banhistas. É comum ver no local carros e banhistas, entre os quais crianças, circulando no mesmo espaço. Risco de acidentes, caso não haja atenção por parte de condutores e de frequentadores da orla marítima, é motivo de preocupação para os banhistas.

O tráfego de veículos na Praia do Araçagi era proibido, mas voltou a ser permitido pela Prefeitura Municipal de São José de Ribamar por que não haveria outra forma de acessar a praia. Além disso, a circulação de veículos é permitida também como acesso à Praia do Meio.

Ontem, O Estado foi até a praia e flagrou vários veículos rodando e também estacionados, enquanto os condutores tomavam banho de mar ou consumiam bebidas alcoólicas nos bares da praia. O comerciante Vando Sousa Costa, 41 anos, é um dos banhistas que não concordam com a circulação de veículos pela areia. Na manhã de ontem, ele levou os dois filhos e outras duas crianças para brincar na praia. “É de fato arriscado. Eu fico o tempo todo ao lado deles, mas o fato é que nem eu mesmo posso me proteger de um acidente como esse”, comentou.

Motocicleta transita perto de criança
Motocicleta transita perto de criança

Embora reconheçam o risco, os donos de bares alegam que a proibição da circulação de veículos pela faixa de areia é prejudicial para os negócios. “Não se pode negar que é arriscado, pois muita gente bebe e dirige, mas os clientes preferem transitar de carro, já que os bares ficam distantes e na maioria das vezes eles sempre trazem a família toda. Acho que deveriam melhorar o acesso e infraestrutura da praia antes de proibirem a circulação de carros”, disse Helter Meireles.

Ainda segundo Helter Meireles, em feriados e fins de semana a praia fica lota­da de veículos que prejudicam o acesso seguro de banhistas e crianças visitantes da praia. Por outro lado, a falta de um estacio­namento resulta no grande flu­xo de veículos na faixa de areia. “Se aqui fosse como na Avenida Litorânea, que tem calçadão e estacionamento, seria melhor. Mas as pessoas acabam sem ter opção”, comentou.

Transtornos

O grande fluxo de veículos na praia já causou transtornos aos condutores. No dia 1º de janeiro de 2014, a maré começou a subir por volta das 15h30 e, como a praia estava lotada e muitos condutores tentaram sair do local ao mesmo tempo, um longo engarrafamento se formou. Mais de 100 veículos ficaram presos próximo aos morros de areia e ao ponto final dos ônibus, na tentativa de fugir das águas do mar. Quem não conseguiu sair do local a tempo, teve o veículo atolado na areia encharcada e tomado pelas águas. Para conseguir retirar os carros do local, as pessoas deveriam esperar a baixa-mar, prevista para a meia­-noite.

Às 19h30, a maré atingiu o seu ponto mais alto de 6,6 metros e arrastou os veículos que ficaram boiando e se chocando uns contra os outros. Na manhã do dia 2, alguns carros que foram tomados pela água do mar ainda aguardavam para serem rebocados. Os prejuízos para os donos dos veículos foram altos. Na ocasião, o motorista da carreta, de modelo Volvo 380, que ficou boiando em meio às ondas do mar que quebravam, estimava um prejuízo de até R$ 45 mil para consertar o veículo e pagar os dias não trabalhados, enquanto a carreta permanecesse na oficina.

Mais

O artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera uma infração média o tráfego de veículos pela faixa de areia das praias. A penalidade para quem for autuado é de multa no valor de R$ 83,00. O condutor ainda perde quatro pontos na carteira de habilitação. Os veículos autuados não são apreendidos.

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