Aproximação

EUA e Cuba pretendem iniciar voos diretos no último trimestre

Até 20 voos diários diretos entre os países devem ser permitidos; Países restabeleceram relações diplomáticas há um ano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
Os voos comerciais diretos devem incrementar o turismo em Havana
Os voos comerciais diretos devem incrementar o turismo em Havana (Os voos comerciais diretos devem incrementar o turismo em Havana)

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou sexta-feira,12, a assinatura de um memorando de entendimento com Cuba em matéria de aviação civil, após o que espera-se que comecem no último trimestre deste ano os voos comerciais diretos entre os dois países.

Como consequência serão permitidos até 20 voos diários diretos dos EUA a Havana e mais 10 a outros nove aeroportos internacionais cubanos, entre eles Santiago de Cuba, Manzanillo e Camagüey, detalhou o subsecretário de Estado adjunto para Assuntos de Transporte americano, Thomas Engle, em uma conferência telefônica para comentar os detalhes do acordo.

"No total poderíamos chegar a um máximo de 110 voos diretos entre EUA e Cuba. Mas obviamente isto dependerá da demanda do mercado", acrescentou Engle, antecipando que a assinatura do memorando vai acontecer na próxima terça-feira em Havana.

Restrições

No final de janeiro deste ano, os Estados Unidos informaram que aliviariam ainda mais restrições ao regime de sanções contra Cuba envolvendo exportações e autorização de viagens aéreas.

"Estas alterações irão remover restrições sobre condições de pagamento e financiamento para exportações autorizadas e re-exportações para Cuba para itens que não sejam agrícolas ou commodities", de acordo com um comunicado dos Departamentos de Tesouro e Comércio.

Os dois países restabeleceram relações diplomáticas em julho de 2015 depois de um histórico processo de reaproximação entre os líderes Barack Obama e Raúl Castro anunciada publicamente em dezembro de 2014. O maior obstáculo para essa reaproximação é a vigência do embargo comercial e econômico dos Estados Unidos a Cuba, que precisa da aprovação do Congresso americano para ser levantado.

As mudanças irão facilitar viagens a Cuba ao permitir espaços bloqueados, compartilhamento de códigos e acordos de locação com linhas aéreas cubanas, informou.

Novas medidas

De acordo com as novas medidas, os Estados Unidos permitirão a exportação de bens e serviços para educação, produção agrícola, processamento de alimentos, transportes públicos e iniciativas artísticas, assim como na preparação de atenção a desastres, informou o Departamento do Tesouro.

As licenças para as exportações que o Tesouro considerar que são para o benefício dos cubanos serão garantidos caso a caso, anunciou a entidade.

O Tesouro também removeu restrições a pagamentos e financiamentos para as exportações autorizadas, com exceção de produtos agrícolas e commodities.

Em nota oficial, o secretário do Tesouro, Jacob Lew, insistiu que as medidas "mandam uma mensagem clara ao mundo: os Estados Unidos estão comprometidos em empoderar os cubanos e permitir seu desenvolvimento econômico".

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