Pequim - Um editor de Hong Kong, que supostamente está detido na China, foi "levado para o continente contra a sua vontade", denunciou o Reino Unido em uma das declarações mais fortes sobre o caso que abala a ex-colônia britânica.
Lee Bo, que tem passaporte britânico, e outros quatro funcionários da editora Mighty Current deHong Kong, que publica livros críticos ao governo chinês, desapareceram nos últimos meses.
Dos cinco desaparecimentos, o de Lee Bo foi o que mais chocou, porque aconteceu em Hong Kong, onde os serviços de segurança chineses não têm o direito de intervir.
Cartas
Lee havia escrito cartas manuscritas a sua esposa, explicando ter viajado voluntariamente para a China para ajudar em uma investigação. No entanto, deputados e ativistas pró-democracia dizem que ele foi sequestrado em Hong Kong.
"Nós não sabemos todos os fatos, mas de acordo com as informações que dispomos, Lee foi levado contra a sua vontade para o continente", escreveu Philip Hammond, ministro das Relações Exteriores britânico, no informe semestral ao parlamento britânico dedicado a Hong Kong.
O desaparecimento de Bo é uma "grave violação" do acordo assinado com Pequim antes da devolução de Hong Kong à China em 1997, declarou Hammond.
A China confirmou que havia uma investigação criminal envolvendo os quatro colegas de Lee Bo, mas ainda não está claro o que aconteceu com o editor, de 65 anos, cujo paradeiro segue desconhecido
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