Lava Jato

Suíça garante legalidade de provas contra a Odebrecht

Departamento de Justiça informou às autoridades brasileiras que não impediu uso de dados e informações sobre contas naquele país

Marco Aurélio D''Eça

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
(Sede da Odebrecht)

Coritiba - O Departamento de Justiça da Suíça confirmou ao governo bra­sileiro que as provas obtidas pela investigação da Operação Lava Jato sobre a Odebrecht são válidas.

Em ofício enviado ao Ministério da Justiça, no início deste mês, as autoridades suíças afirmam que a Justiça daquele país não impediu o uso de dados bancários sobre supostos valores indevidos que eram pagos em contas operadas por ex-diretores da Petrobras.
De acordo com as investigações, os valores eram repassados por meio de empresas offshore controladas pela empreiteira.

Devolução
Em janeiro, a Justiça da Suíça entendeu que as informações foram repassadas ilegalmente pelo Ministério Público suíço para o Ministério Público Federal (MPF), no entanto, não pediu a devolução dos documentos.
O mesmo entendimento das autoridades suíças sobre a validade dos documentos foi utilizado pelo juiz federal Sérgio Moro para dar prosseguimento a ação penal que envolve a Odebrecht.

Os advogados da empreiteira defendem a ilegalidade das provas. Para a defesa, os documentos, que estavam em poder do Ministério Público da Suíça, não podem ser utilizados nas investigações pelo fato de a Justiça suíça reconhecer que ocorreram erros procedimentais no repasse dos dados. l

Janot dá parecer contra Palocci na Lava Jato

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela rejeição do recurso no qual a defesa do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci pede a anulação das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Ambos são investigados na Operação Lava Jato por atuarem como operadores financeiros do esquema de desvios na Petrobras.

O parecer foi motivado pelo recurso em que a defesa de Palocci pede que o ministro Teori Zavascki reveja sua decisão que negou a anulação das delações. Os advogados alegam que há contradições entre os depoimentos dos delatores e a oitiva do ex-diretor de Abastecimento. da Petrobras Paulo Roberto Costa. l

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