Justiça Eleitoral

Cardozo: contas de Dilma estão dentro da legalidade

Ministro da Justiça diz que o então tesoureiro da campanha da presidente sempre afirmou a legalidade de suas contas apresentadas ao TSE

Marco Aurélio D''Eça

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
José Eduardo Cardozo tem saído emd efesa do mandato de Dilma
José Eduardo Cardozo tem saído emd efesa do mandato de Dilma (Ministro Eduardo Cardozo)

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou ontem ter "absoluta convicção" de que não houve caixa 2 na campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014. "Tenho absoluta convicção de que na campanha na presidente Dilma não houve situação nenhuma de pagamentos ilegais. Já há tantos processos, e as contas foram aprovadas, tudo absolutamente regular. Não vejo constrangimento", afirmou.

Cardozo acrescentou que o próprio tesoureiro petista, o hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, sempre reafirmou a legalidades das contas partidárias.

A Operação Lava Jato investiga pagamentos atribuídos a subsidiárias da Odebrecht em contas no exterior controladas pelo marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas de Dilma em 2010 e 2014.

Há muitos setores da oposição querendo criar situações que atinjam a imagem de uma pessoa que foi um presidente indiscutivelmente aplaudido durante todo o período da sua gestão pelas substantivas melhoras e mudanças que empreendeu no país”José Eduardo Vardozo, ministro da Justiça

O ministro da Justiça também comentou a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Como pessoa que conhece o presidente Lula há muito tempo, sempre o tive como um grande líder, sempre o tive como uma pessoa que se comporta com absoluta lisura. Isso como testemunha de vida, e não de ministro. Eu atribuí sim, não no âmbito da investigação, mas no âmbito da política, em que há muitos setores da oposição em criar situações que atinjam a imagem de uma pessoa que foi um presidente indiscutivelmente aplaudido durante todo o período da sua gestão pelas substantivas melhoras e mudanças que empreendeu no país. Portanto, há sem sombra de dúvida uma luta política em torno disso, em que setores oposicionistas tentam obviamente maximizar situações que evidentemente não podem ensejar pré-julgamentos, condenações", afirmou Cardozo.

O ministro adiantou que deve pedir à Polícia Federal para averiguar se houve vazamento de informações da investigação, uma vez que o inquérito envolvendo o marqueteiro de Dilma está sob sigilo.

"O vazamento, quando é ilegal, prejudica a investigação e, muitas vezes, atinge pessoas que podem não ter nada [de ilegal]. E, nesses casos, garanto que os espaços de resposta não são os mesmos", criticou Cardozo.

Entidades farão ato
em defesa de
ex-presidente

São Paulo - A Frente Brasil Popular, entidade que reúne mais de 60 organizações, entre sindicatos e movimentos sociais, além de partidos de esquerda, farão um ato de apoio ao ex-presidente Lula na próxima quarta-feira (17), a partir das 10h, em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista.

Na mesma manhã e local, o líder petista e Marisa Letícia irão depor a respeito do apartamento triplex.

O ato de desagravo ao ex-presidente tem como motivação o fato de que ele vem sofrendo pré-julgamen­to da imprensa, de setores conservadores da sociedade e por alguns procuradores de justiça antes de ser ouvido.

No comunicado, a Frente Brasil Popular afirma que "repudia a forma criminosa e manipuladora com que a mídia tradicional cobre e transmite as versões dos fatos, tendo como principal interesse atingir a imagem e a honra do ex-presidente Lula, figura emblemática na história política do Brasil".

É esperada a presença de grande parte da bancada petista no Congresso Nacional e de algumas casas legislativas estaduais. Os mesmos parlamentares também participarão de outro ato de apoio a Lula no dia 27, quando ocorre a festa pelos 36 anos de criação do PT.

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