Grécia

Greve na Grécia contra reforma de aposentadorias tem confronto

Trabalhadores fizeram greve geral no país, ontem; governo pretende reduzir máximo das aposentadorias para € 2,3 mil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
Manifestantes mascarados entraram em confronto com a polícia
Manifestantes mascarados entraram em confronto com a polícia (Manifestantes mascarados entram em confronto com a polícia em Atenas, na Grécia )

Atenas - Manifestantes entraram em confronto com a polícia ontem em Atenas, na Grécia, durante um protesto contra a reforma das aposentadorias exigida pelos credores internacionais.

Cerca de 50 mil pessoas marchavam próximo ao parlamento no centro da capital grega, quando um grupo de mascarados atirou bombas e pedras contra a polícia, segundo testemunhas. Os policiais teriam respondico com bombas de gás lacrimogêneo.

Os trabalhadores fazem uma greve geral nesta quinta – a terceira em um ano –, e trens, balsas e muitos voos internacionais internos estavam paralisados.

Os hospitais se limitavam a atender as situações de emergência, os postos de combustível estavam fechados e os táxis, muito abundantes em Atenas, eram invisíveis. A greve envolve todos os âmbitos, dos advogados aos agricultores, que nos últimos dias bloquearam várias estradas com suas caravanas de tratores.

Reforma

Todos eles protestam contra uma reforma que, entre outras coisas, reduzirá o máximo das aposentadorias de € 2.700 a € 2.300, e criará uma aposentadoria de base garantida de € 384 mensais. O governo também quer fundir os diferentes fundos de aposentadoria e aumentar as contribuições patronais e dos empregados.

Quase todos os setores de assalariados criticaram o plano, com o qual o governo espera economizar € 1,8 bilhão por ano, ou seja, 1% do PIB. A reforma é parte das exigências dos credores do país (UE, FMI e BCE) em troca de um terceiro plano de resgate de € 86 bilhões, acordado em julho passado.

O primeiro-ministro, eleito com um programa de esquerda radical, está decidido a fazer esta reforma avançar o quanto antes para satisfazer os credores e abrir as ansiadas negociações sobre a redução da dívida pública, próxima a 200% do PIB.

O projeto de lei deve ser votado neste mês no Parlamento, onde a coalizão de Tsipras dispõe de uma curta maioria de 153 deputados sobre um total de 300.

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