Grã-Bretanha

União Europeia apresenta proposta para manter Reino Unido no bloco

Uma das medidas seria, em caráter emergencial, suspender o pagamento de benefícios fiscais para imigrantes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
(O premiê britânico David Cameron)

Londres - O governo britânico e a União Europeia chegaram a uma proposta de acordo ontem sobre as quatro demandas de reforma feitas pelo primeiro-ministro David Cameron para que o Reino Unido permaneça no bloco.

Em uma das mais polêmicas, um mecanismo permitiria ao Reino Unido, em caráter emergencial, suspender o pagamento de benefícios fiscais para imigrantes –que só teriam direito a eles depois de trabalharem por quatro anos.

Cameron, que precisa convencer os membros mais céticos do seu Partido Conservador que permanecer na UE é bom para o Reino Unido, vem tentando conseguir concessões do bloco antes de um referendo sobre o tema, que poderia ocorrer até junho. A consulta pública questionará os britânicos se eles desejam continuar fazendo parte da União Europeia depois de 2017.

A medida emergencial sobre os imigrantes poderia entrar em vigor assim que o referendo no Reino Unido decidisse pela permanência no bloco. A medida, contudo, ainda tem que ser aprovada pelos outros Estados-membros.

Mudança

Cameron disse que a proposta traz a "mudança substancial" que ele gostaria de ver na relação entre o Reino Unido e a União Europeia. O premiê, contudo, disse que alguns detalhes ainda precisam ser trabalhados antes da próxima cúpula do bloco, nos dias 18 e 19.

"O projeto de renegociação com a UE mostra um progresso real em todas as quatro áreas onde o Reino Unido quer mudanças, mas ainda há mais trabalho a ser feito", disse Cameron, em seu perfil no Twitter.

Além da questão dos imigrantes, Cameron quer que o Reino Unido tenha a soberania respeitada e não participe das metas de uma "maior integração europeia", que os países que não fazem parte da zona do euro não estejam em condições de desvantagem em relação ao bloco, e que seja cortada a regulação excessiva a fim de aumentar a competitividade.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, reconheceu, no texto divulgado, que "esse tem sido um processo difícil" e que "ainda há negociações desafiadoras à frente". "Nada está acordado até que tudo esteja acordado. Estou convencido de que a proposta é uma boa base para um acordo", disse.

Para Tusk, as "próximas 24 horas" serão decisivas no acordo com Cameron.

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