Aedes aegypti

199 pessoas são suspeitas de serem vítimas do Aedes em SL

Dado se refere a dengue, zika e chikungunya somente no primeiro mês do ano; um óbito de dengue hemorrágica na área Itaqui-Bacanga está sob investigação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51

O mosquito Aedes aegypti pode ter contaminado, somente no primeiro mês deste ano, em São Luís, 199 pessoas. O dado é da Vigilância Epidemiológica de Secretaria Municipal de Saúde (Semus), que informou também a investigação do óbito de uma idosa, na área Itaqui-Bacanga, que estava com dengue hemorrágica antes de falecer.

Do total de casos suspeitos, 132 são relativos apenas à dengue. Outros 52 casos de febre chikungunya foram notificados somente nos 30 primeiros dias de 2016 e 15 pessoas estão com os sintomas do zika ví­rus. O número de casos suspeitos de febre chikungunya deste ano, por exemplo, é quase a metade do índice registrado em todo o ano passado, na capital maranhense, quando 120 casos da enfermidade foram notificados.

Segundo levantamento da Vigilância Epidemiológica do Município, em 2015, houve o registro de 2.418 casos de dengue, o que corresponde a pouco mais de seis ca­sos da doença por dia, somente em São Luís. Deste total, 1.896 foram confirmados e 21 registros são considerados graves. De acordo com a Semus, durante todo o ano passado cinco pessoas morreram na capital por causa da dengue.

Com base no relatório da Semus, 3.012 “casos prováveis” do zika vírus foram notificados em 2015. Deste total, apenas seis foram confirmados e, de acordo com a pasta, houve uma pessoa morta na capital maranhense, por causa da doença. Para reduzir esses números, a Prefeitura de São Luís promete realizar, no dia 13 deste mês, um mutirão em bairros da cidade.

De acordo com a secretária titular da pasta, Helena Duailibe, os dados são graves, no entanto, ações em conjunto estão sendo tomadas. “Estamos realizando mutirões em bairros, distribuindo carros fumacê e mobilizando os agentes para zerar esses dados”, afirmou. Ela também informou que, até o momento, os membros do Exército ainda não estão ajudando no combate ao ve­tor. “Haverá uma capacitação dessas pessoas e, a partir da segunda quinzena deste mês, os membros do Exército auxiliarão nos trabalhos”, disse.

NÚMEROS
199 pessoas podem ter sido vítimas do Aedes este ano em SL
132 casos notificados de dengue em SL foram confirmados
52 casos notificados de Chikungunya em 2016
15 casos prováveis de zika, este ano, em SL

Espaços públicos da cidade ainda mantêm água parada

Quando O Estado esteve nos locais, já havia larvas que podem ser de Aedes aegypti e Prefeitura informou que fazia limpeza periódica nessas áreas

Apesar do alerta dado por O Esta­do, conforme publicado no dia 27 do mês passado, que determinados espaços públicos em São Luís apresentam possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, praças e até mesmo cemitérios da cidade ainda estão com água acumulada. O cenário não corresponde ao posicionamento, dado pela Prefeitura no dia em que a reportagem foi pro­duzida, sobre a promoção de limpeza desses espaços periodicamente.

Na Praça Gonçalves Dias, por exemplo, na parte interna de algumas floreiras, é possível ver o acúmulo de água. Em alguns casos, existem amostras de mosquitos que podem ser o Aedes. “A gente vem para uma praça desta e não consegue nem ter segurança”, disse a vendedora ambulante Maria das Graças Pinheiro, de 52 anos. Situação semelhante ocorre no Cemitério do Gavião, em São Luís. Entre os túmulos e nos vasos onde são colocadas as flores aos mortos, também havia acúmulo de água.

De acordo com dados da própria Semus, a capital maranhense tem atualmente 648 agentes de endemias combatendo o mosquito Aedes em, pelo menos, sete distritos da cidade (Cohab, Centro, Tirirical, Itaqui, Vila Esperança, Coroadinho e Bequimão). No total, 92 unidades de saúde estão disponíveis à população na capital maranhense.

SAIBA MAIS
Casas fechadas


A secretária municipal de Saúde, Helena Dualibe, com base na Medida Provisória do Governo Federal que autoriza a entrada forçada de agentes de saúde em imóveis fechados e não-ocupados com possíveis focos do mosquito, informou que os profissionais lotados da Semus deverão entrar nas residências, a partir de agora, após pelo menos duas visitas. “O agente vai até o imóvel e irá novamente, pelo menos mais uma vez, para se certificar de que aquele local realmente está desocupado”, disse.

Correios combaterão mosquito Aedes aegypti

Engajados na campanha pela erradicação do mosquito, os Correios adotarão as medidas estabelecidas pelo Decreto n° 8.662, publicado ontem, no Diário Oficial da União. Entre as ações previstas, está a distribuição de folhetos educativos pelos carteiros em residências e empresas de todo o País. São 60 mil carteiros que atuarão como multiplicadores, reforçando as formas de combate ao mosquito e a consequência da presença de focos e criadouros à saúde da comunidade. Os atendentes comerciais também entregarão material educativo nas mais de 6,4 mil agências próprias da empresa.

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