Mais imposto

Dilma defende recriação de CPMF na abertura dos trabalhos do Congresso

Presidente disse que essa é a melhor medida para ampliar no curto prazo a receita fiscal do país

Agência Senado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
Dilma participou da cerimônia de abertura dos trabalhos do Congresso Nacional em 2016
Dilma participou da cerimônia de abertura dos trabalhos do Congresso Nacional em 2016 (Dilma no congresso )

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta terça-feira (2) a aprovação da CPMF, e disse que essa é a melhor medida para ampliar no curto prazo a receita fiscal. Como forma de garantir a retomada dos investimentos, estimular o crescimento e recuperar a estabilidade do Brasil em 2016, Dilma também cobrou a Desvinculação das Receitas da União (DRU), o aprimoramento de regras fiscais, a criação de mecanismos de sustentabilidade da Previdência Social e a avaliação obrigatória de todos os gastos públicos.

Dilma participou da cerimônia de abertura dos trabalhos do Congresso Nacional em 2016, que contou com a participação do presidente do Senado, Renan Calheiros, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, do primeiro vice-presidente da Mesa do Congresso, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), e do primeiro-secretário, deputado Beto Mansur (PRB-SP), entre outras autoridades nacionais e estrangeiras.

Na leitura da mensagem entregue ao Executivo, Dilma fez um balanço das atividades do governo em 2015 e disse que espera contar com a parceria do Congresso Nacional para fazer o Brasil crescer e atingir patamares mais altos de justiça, solidariedade e de igualdade de oportunidades. A presidente disse que pretende construir com o Congresso uma agenda priorizando medidas que vão permitir a transição do ajuste fiscal para a reforma fiscal.

Dilma defendeu a adoção de reformas que alterem permanentemente as taxas de crescimento das despesas primárias; a fixação de limite global para o crescimento do gasto primário do governo, para dar mais visibilidade à política fiscal e melhorar a qualidade das ações do governo; a adoção de margem de flutuação do resultado fiscal para acomodar sua volatilidade; e a combinação de metas mais flexíveis de resultados com limites mais estritos para o gasto.

“No primeiro semestre apresentaremos uma proposta para análise, adotar um processo continuado de reformas de programas e políticas, a fim de eliminar distorções e excessos e preservas aquelas essenciais. Precisamso ter como horizonte o futuro do país, e não apenas o período do meu governo. Uma crise é sempre um momento muito doloroso para ser desperdiçado, é o momento em que surgem oportunidades para a construção de soluções criativas e duradouras para desafios difíceis”, afirmou Dilma.

A CPMF (A Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) foi uma cobrança que incidiu sobre todas as movimentações bancárias — exceto nas negociações de ações na Bolsa, saques de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferências entre contas correntes de mesma titularidade — e vigorou no Brasil por 11 anos. A contribuição foi prorrogada diversas vezes. Em outubro de 2007, a Câmara aprovou proposta que estendia a cobrança da CPMF até 2011, mas a iniciativa foi derrotada no Senado dois meses depois.

A DRU (Desvinculação de Receitas da União) é um mecanismo que permite ao governo federal usar livremente 20% de todos os tributos federais vinculados por lei a fundos ou despesas. A principal fonte de recursos da DRU são as contribuições sociais, que respondem a cerca de 90% do montante desvinculado. Criada em 1994 e prorrogada diversas vezes, a DRU está em vigor até 31 de dezembro de 2015. Em julho, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 87/2015, estendendo novamente o instrumento até 2023.

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