Chuva forte

Chuvas fortes tumultuam trânsito da cidade de São Luís

Diversos pontos das vias da capital ficaram com água acumulada e o tráfego ficou lento; chuvas no mês de janeiro estão abaixo da média

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51

Quem precisou sair de casa cedo para o trabalho, aula ou outro compromisso acabou se atrasando por causa das chuvas que caíram em São Luís ao longo de toda a manhã de ontem.

O acúmulo de água causou alagamentos em diversas avenidas de São Luís, tornando o trânsito lento. Mas apesar das chuvas mais intensas dos últimos dias, o índice pluviométrico para o mês de janeiro está muito abaixo do esperado e há apenas quatro dias para o fim do mês a previsão dos meteorologistas é de que 2016 comece com chuvas abaixo da média.

Com quase 11 quilômetros de extensão a Avenida Jerônimo de Albuquerque é uma das mais movimentadas de São Luís. Começando no Retorno da Forquilha e indo até o Retorno do Calhau, passa por bairros como Forquilha, Cohab, Angelim, Bequimão, Vinhais, Cohafuma e Calhau. E ontem o tráfrgo ficou ainda mais complicado ao longo da via que teve pontos de alagamentos nos bairros Bequimão, Vinhais, Cohafuma e Renascença.

Na Avenida dos Franceses uma grande poça se formou no retorno próximo ao Terminal Rodoviário de São Luís, dificultando o tráfego para os condutores que precisavam fazer o retorno. Por segurança eles diminuíam a velocidade e quem vinha atrás, mesmo com a intenção de seguir em frente, também desacelerava, causando lentidão na área. Situação semelhante na Avenida dos Africanos, na área do Coroadinho. Na Rua Coelho Neto, centro de São Luís, a poça que se formou nas proximidades da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) escondia um risco para os condutores, um imenso buraco.

Riscos

Dirigir em dias chuvosos requer muito mais atenção dos condutores, pois os riscos de acidentes aumentam. O asfalto molhado reduz o atrito dos pneus com o asfalto, dificultando a frenagem. Por isso, são comuns as colisões. A falta de aderência do pneu com a pista, em dias de chuva, faz com que o veículo derrape e o condutor perca o controle. Esse processo é chamado de aquaplanagem, que ocorre quando pneu está rodando sobre o topo da água, ao invés de rodar sobre o pavimento. A chuva diminui também a visibilidade dos condutores, o que é outro fator de risco para acidentes.

Em dias de chuvas o ideal é reduzir em 30% a velocidade máxima permitida nas vias, ou seja, em uma avenida onde o máximo permitido é 60km/h, o recomendado é trafegar com no máximo 42km/h, pois em pista molhada o espaço percorrido por um veículo depois de uma freada é maior e a alta velocidade aumenta os riscos de colisão, assim como o risco de travamento das rodas e o derrapagem por falta de aderência das rodas.

Previsão – Desde o fim de semana que o tempo está nublado com ocorrência de chuvas em São Luís. O sábado, dia 23, e ontem foram dias de chuvas intensas logo no período da manhã. Mas segundo o Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambiental (NUGEO) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), o índice pluviométrico na cidade está abaixo da média esperada para o período. Até o dia 26 deste mês choveu apenas 29% do total esperado para o mês de janeiro.

De acordo com a meteorologista Andréa Cerqueira como o mês está próximo do fim ele deve acabar com média pluviométrica abaixo do normal. “Há alguns anos que São Luís vem tendo chuvas abaixo da média. Em dezembro de 2015, que é um mês em que nós já temos algumas chuvas, o índice pluviométrico também foi abaixo do esperado. Fevereiro é o mês em que efetivamente começa o período chuvoso em São Luís e a tendência é que ele também tenha menos chuva”, afirmou.

A meteorologista explicou que as poucas chuvas de janeiro são reflexo do El Niño, que provoca alterações na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico com efeitos no clima.

“Em São Luís os oceanos é que regulam o período chuvoso, de acordo com a temperatura da superfície de suas águas. No ano passado, era a temperatura do Oceano Atlântico que estava fora do ideal, provocando poucas chuvas. Esse ano a temperatura da superfície da água do Pacífico deve causar chuvas abaixo da média não apenas em São Luís”, disse.

2016

Juntos, os meses de fevereiro a abril representam o trimestre de maior chuva em São Luís. No mês de abril a média de chuvas é 475,9 milímetros, maior média histórica do ano na capital. As poucas chuvas registradas em São Luís são uma tendência que se observa pelo menos desde o ano de 2012 e que pode se repetir em 2016. “O último ano de chuvas excessivas no Maranhão foi 2009, inclusive com alagamentos em diversas regiões do estado”, frisou Andréa Cerqueira.

Apesar de estarem abaixo da média, a população deve se ficar atenta às chuvas, que podem ocorrer aliadas aos fortes ventos e à incidência de raios e trovões, alerta a meteorologista. “A população deve se preparar por que mesmo com a irregularidade do período chuvoso por causa da atuação do El Niño nós teremos dias com chuvas muito intensas, ventos fortes e trovões”, disse.

Dicas de segurança para direção em dias de chuva

- Rode com pneus novos ou em bom estado de conservação, o ideal é com, no mínimo, 1,6mm de banda de rodagem.

- Calibre os pneus segundo as especificações do fabricante do veículo.

- Verifique a calibragem, pelo menos, uma vez por semana.

- Ao perceber acúmulo de água na pista, diminua a velocidade.

- Na chuva, aumente a distância que o separa do carro da frente em duas vezes com relação a dias secos.

- Ande sempre com lanternas e faróis baixos acesos.

- Evite freadas bruscas.

- Mantenha em bom estado o limpador de pára-brisa, o desembaçador e o sistema de sinalização.

- Não fume, isso aumenta o embaçamento do vidro.

- Se o carro aquaplanar, reduza a velocidade até sentir as rodas aderirem ao solo.

- Evite passar em trechos alagados onde a água cobre mais da metade da roda.

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