Carnaval 2016

Batucada diversificada

Com temas variados, Blocos Tradicionais finalizam os preparativos para a folia momesca; agremiações desfilarão sexta e sábado gordo, na Passarela do Samba

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
O luxo nas fantasias dos blocos tradicionais é marca registrada da manifestação
O luxo nas fantasias dos blocos tradicionais é marca registrada da manifestação (Blocos tradicionais)

O som peculiar dos tambores, unido ao luxo das fantasias faz dos Blocos Tradicionais de São Luís uma atração à parte no Carnaval maranhense. Para este ano, as agremiações – divididas em grupo A e B – desfilarão temas variados que incluem os mistérios das civilizações ocidentais, o folclore maranhense, a natureza, entre outros, e serão apresentados aos amantes do ritmo na sexta e sábado gordos, na Passarela do Samba, Anel Viário.

Com preparativos adiantados, as agremiações correm contra o tempo para que tudo saia perfeito na hora das apresentações. É o caso de Os Apaixonados, bloco que foi campeão do Carnaval no ano passado. De acordo com o presidente da agremiação, Flávio Nycholas, o bloco já está pronto para o desfile.

Com apenas cinco anos de fundação, Os Apaixonados defenderão este ano o tema “Do ser ao renascer! O voo da eternidade” que falará sobre a metáfora da borboleta. “Que primeiro é lagarta, morre e renasce como borboleta, que voa para a eternidade”, sintetiza Flávio Nycholas.

O presidente relembra que os ensaios começaram ainda em agosto, uma vez por semana, aos domingos. “Nesta reta final, intensificamos os encontros e agora nossos ensaios ocorrem às terças e quintas”, diz Flávio Nycholas.

Sediado no Cohatrac, o bloco este ano vem com 160 integrantes. “Somos um bloco familiar, não temos essa história de carregar expectativas de sermos campeões de novo, embora estejamos brigando pelo título com todas as nossas forças. Não estamos pra brincadeira”, adianta Flávio Nycholas.

O mesmo sentimento é compartilhado por Paulo Salaia, presidente de Os Feras. O bloco, que este ano traz como tema “De Ramsés a passarela, a grande festa d‘Os Feras”, está com 60% de sua produção pronta para o Carnaval. “Infelizmente, ainda não recebemos os apoios financeiros nem da Prefeitura e nem do Governo do Estado, mas estamos finalizando o bloco”.

A agremiação, com sede no Centro, promete levar para a avenida não aquela versão clássica da história do faraó, mas uma visão romantizada. “Na avenida, Ramsés, que é mumificado, vai renascer, de forma luxuosa, com Os Feras”, adianta Salaia.

O bloco, que ano passado amargou um quarto lugar, sairá com 150 integrantes, sendo que destes 80 estarão na percussão, composta por três marcações (surdos), 36 tambores (contratempos), 17 retintas, nove cabaças, 12 ganjas, um agogô, um reco-reco e um afoxé.

Homenagem

Já o bloco Reis da Liberdade, levará para a Passarela uma homenagem ao bumba meu boi, a partir do tema “O amor de Pai Francisco por Catirina” com os homens vestidos de Pai Francisco e as mulheres de Mãe Catirina. Os Tremendões falará sobre “Os Mistérios das Águas”; Os Gladiadores, abordará “Imortais do carnaval: Pierrot, Colombina e o Arlequim”.

O bloco Kambalacho do Ritmo apresentará o tema “Anjo Guerreiro – 30 anos do Kambalacho”, enquanto Os Foliões reeditarão “Sonho Equinocial”, que foi defendido pela agremiação em 1991.

Os Fanáticos defenderão o tema “Fanáticos, o Centurião na folia momesca”, enquanto Brasinhas do Ritmo desfilará “Puxa o Fole Sanfoneiro, Chegou o Rei do Sertão”. Originais do Ritmo têm como tema para este ano “Do Princípio ao fim o elemento é o fogo”; Os Vampiros defenderá “Nos Crepúsculo da Folia, sou Elfo, o Guerreiro da Alegria"; Os Trapalhões fará uma viagem às histórias infantis com “O Chapeleiro Maluco no país do Carnaval”.

Manifestação

Os blocos tradicionais, que atualmente estão em processo para se tornar Patrimônio Imaterial do Brasil, surgiram na década de 1950. Devido a sua cadência rítmica e seu principal instrumento de acompanhamento musical, os contratempos, esses blocos são também chamados de blocos de ritmo e blocos de tambor grande.

Os tocadores trazem os tambores presos ao corpo por uma correia larga, que vai de um lado a outro, e usam as mãos espalmadas para tocarem esses tambores, com força e rapidez, ao mesmo tempo em que fazem uma coreografia saltitante.

Sua musicalidade, além da marca peculiar dos tambores grandes, conta com a percussão de retintas, cabaças, reco-recos, agogôs, afoxés, maracás e rocas. Essa diversidade instrumental favorece a esses blocos tocarem vários ritmos musicais, dançados por seus tocadores e brincantes.

Os blocos tradicionais têm o esmero com o figurino. Fantasias luxuosas, com golas, mantos, chapéus, camisões, cangas e perneiras confeccionadas com muito brilho e tecidos nobres é outra característica da manifestação.

Cada bloco escolhe anualmente um tema, que serve de inspiração para a composição de letras das músicas e para a criação das fantasias. l

Ordem dos desfiles dos grupos A e B

- Sexta-feira, 5 de fevereiro: Grupo B

- Os Baratas

- Dragões da Liberdade

- Os Vigaristas

- Vinagreira Show

- Os Inacreditáveis

- Companhia do Ritmo

- Os Vingadores

- Os Coringas

- Alegria do Ritmo

- Príncipe da Meia Noite

- Os Guerreiros do Ritmo

- Os Trapalhões

- Os Guardiões

Sábado , 6 de fevereiro: Grupo A

- Os Gladiadores

- Fenix

- Os Fenomenais

- Kambalacho do Ritmo

- Reis da Liberdade

- Os Vampiros

- Os Feras

- Os Apaixonados

- Príncipe de Roma

- Originais do Ritmo

- Os Diplomáticos

- La Boêmios de Fátima

- Os Foliões

- Os Brasinhas

- Os Tremendões

- Os Especialistas do Ritmo

- Os Indomáveis

- Os Fanáticos

- Tropicais do Ritmo

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