O Campus Universitário Paulo VI da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) está com muito lixo acumulado. Segundo funcionários e alunos, a coleta de resíduos não vem sendo realizada há cerca de 15 dias e tem causado transtornos à comunidade acadêmica.
Basta uma volta rápida entre os prédios do Campus Universitário para notar a quantidade de lixo acumulada no local. São dezenas de sacos amontoados nas laterais e na frente dos centros de ensino e outros setores, e muitas vezes próximo ao local de passagem de alunos, professores e funcionários.
Logo na entrada do campus, uma lixeira está transbordando. Os sacos estão cobrindo o depósito e ficam próximos à primeira parada de ônibus do local. Além do visual estético prejudicado, as pessoas que ficam na parada têm de lidar com o mau cheiro do lixo. Isso porque há muitos sacos que contêm restos de comida e outros resíduos que se degradam rapidamente.
Ao lado do antigo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a situação se repete. Mas é mais grave. A quantidade de lixo é muito maior, e os pássaros da região rasgam os sacos em busca de alimentos. Além disso, há ainda a presença de vários tambores destinados ao descarte de substância infectante estão ao alcance de qualquer pessoa. De acordo com trabalhadores, os depósitos são destinados aos resíduos do hospital veterinário que funciona na universidade.
Apesar de a Uema estar em período de férias, o que faz com que o movimento seja reduzido, a situação tem chamado a atenção de alunos e professores que estão frequentando a instituição. “O lixo está perto de uma parada. É desagradável o cheiro, e a gente tem que ficar à mercê desse tipo de coisa. Isso dá vergonha, porque estudamos para passar. A gente quer fazer parte. E quando olha dá de cara com esse tipo de coisa”, afirmou o estudante Luan Jonatas Silva Ferreira, do curso de Ciências Biológicas.
A comunidade que vive nos arredores também reclama do problema. Isso porque muitos praticam atividades físicas nas dependências da universidade. “O Estado deveria olhar de uma maneira mais eficaz, porque esse é um órgão público, e acredito que deveria ter um tratamento bem melhor. Aqui é uma área em que a gente faz educação física e também caminhada. Toda a comunidade se beneficia. Tendo lixo, vai causar transtornos”, ressaltou o militar Pedro Neres.
Explicação
Segundo a Prefeitura de Campus da Uema, a instituição tinha um contrato com uma prestadora de serviços de limpeza, que se encerrou no dia 4 deste mês. No momento, a universidade está em processo de licitação para a contratação de uma nova empresa que execute a coleta de lixo.
Dessa forma, a Uema está sem efetivo para fazer para fazer a coleta geral dentro do campus e levar os resíduos até o ponto em que uma empresa terceirizada recolhe esses resíduos e transporta até o Aterro da Titara, no município de Rosário.
A Prefeitura afirmou ainda que os tambores de substâncias infectantes estão tendo recolhimento normal, pois o contrato da prestadora dessa coleta especial ainda está vigente. Por fim, a prefeitura informou que a instituição não vive uma situação de calamidade. Mesmo assim, estão sendo tomadas providências para contornar a situação, enquanto o processo de licitação está em andamento.
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