Arrombamento

Mais uma escola pública é saqueada em São Luís

De acordo com a direção da unidade, pessoas não identificadas aproveitaram a ausência do vigilante no prédio para retirar os objetos e depredar o imóvel; peritos do Icrim estiveram no local ontem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51

[e-s001]A escola estadual Unida­de Integrada Professor Carlos Cunha – localizada na Travessa Ivar Saldanha, no Jardim São Cristóvão – foi alvo de criminosos na ma­drugada de ontem, dia 18. De acordo com a direção da escola e demais funcionários, para ter aces­so às dependências da unidade de ensino, os invasores aproveitaram um instante em que não havia vigilância no prédio.

Ainda de acordo com a direção, foram levados vários objetos da unidade de ensino, entre eles dois computadores, uma televisão de 42 polegadas (usada para a exibição de vídeos para complemento de conteúdos em sala de aula), cinco botijões de gás, uma câmera digital, um aparelho DVD, um ventilador e uma caixa amplificadora, que deram um prejuízo aproximado de pouco mais de R$ 6 mil. Durante a invasão, segundo a direção, não havia ninguém na parte interna do prédio.

[e-s001]Além dos objetos, os invasores jogaram folhas de frequência e outros documentos no chão, quebraram espelhos do banheiro e picharam a parede da escola (nas salas de aula, dos professores e da direção). Entre as pichações encontradas estão referências a facções criminosas e ameaças de morte a professores e à diretoria.

A diretora da escola, que não quis ser identificada, informou apenas que pres­tou informações sobre o fato no 11º Distrito Policial, situado no São Cristóvão.

Sem aulas
Por causa do episódio, as au­las na unidade de ensino foram suspensas ontem. “Não havia co­mo ter aula, nessa situação. Além do trauma para os funcionários e diretores, não tinha possibilidade de receber os alunos”, disse a professora Rosa Helena Ferreira. Ela informou ainda a O Estado que a escola jamais tinha sido saqueada desta forma. “Já aconteceram outros casos de invasão, mas nada igual a este caso”, disse.

[e-s001]Ontem à tarde, peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) estiveram no lo­cal para averiguar as circunstâncias do fato. Na escola, não há câmeras de videomonitoramento. De acor­do com os peritos, os invasores tiveram acesso às salas da escola arrombando os cadeados e pulando o muro. “Por enquanto, é o que podemos dizer, já que o caso será melhor investigado”, disse o perito criminal Jarden Pontes, que esteve na escola.

A escola – que ainda está sob a responsabilidade do Governo do Estado – passará a integrar, a partir do dia 22 do próximo mês, o quadro de unidades de ensino da Prefeitura de São Luís.

Sobre as ameaças, uma professora da escola – que preferiu não se identificar – disse que se sente coagida em trabalhar na unidade. “A gente fica aqui porque é o jeito. Mas a nossa vontade era de sair daqui o quanto antes”, disse.

Sobre a captura dos assaltantes, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Militar, informou que equipes do Serviço de Inteligência estão trabalhando a fim de levantar informações que ajudem a identificar os autores do arrombamento na escola. De acordo com a SSP, equipes do Ronda Escolar já intensificaram o monitoramento das escolas na área do São Cristóvão a fim de evitar o registro de novos arrombamentos. A SSP ressalta, ainda, que a Polícia Civil já investigando o caso.

[e-s001]Ainda sobre a escola, houve divergência de informações entre o Estado e a Prefeitura. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a unidade escolar foi municipalizada, “passando a ser de responsabilidade da Prefeitura”. Já o Município, por meio da Secretaria de Educação (Semed), “informou que a escola em questão ainda não foi municipalizada’. E ninguém se responsabilizou pela unidade.

Outras escolas já foram alvo de criminosos
Não é de hoje que escolas da rede pública da cidade têm sido alvo de vândalos e criminosos. Nos últimos meses, outras quatro unidades de ensino foram invadidas.


No dia 14 deste mês, as aulas na escola Pedro Marcosine Bertol, na Camboa, foram suspensas por causa da entrada de quatro bandidos na parte interna da unidade, durante a madrugada do mesmo dia.

Segundo informações da direção da escola, foram levados do prédio alimentos para a merenda escolar, além de materiais de cozinha e a bomba d’água. Ninguém foi preso.

Em outubro do ano passado, a escola Ana Lúcia Chaves Fecury, localizada na Rua Santo Antônio, no bairro São Bernardo, foi alvo de vândalos que invadiram a unidade de ensino e depredaram utensílios. Outra unidade que também foi invadida por vândalos foi a UEB João de Souza Guimarães, no bairro Divineia.

Em setembro do ano passado, a escola municipal Estudante Edson Luís de Lima, no bairro Gancharia, área Itaqui-Bacanga, também foi invadida por vândalos. Na ocasião, uma estudante de 14 anos ficou ferida, após os criminosos lançarem uma pedra em direção a uma das salas de aula.l

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