Praia do Calhau

Valas surgem com mais frequência na Praia do Calhau

Bombeiros intensificaram o trabalho de alerta aos banhistas, especialmente turistas, para o perigo dos buracos, que podem causar acidentes e até a morte

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51

A Praia do Calhau é uma das mais perigosas da orla marítima de São Luís em razão da formação de valas na areia do mar. Os buracos, que pegam de surpresa banhistas desavisados, estão ocorrendo com maior frequência no trecho da baía de São Marcos, razão pela qual os homens do Corpo de Bombeiros redobraram a atenção e estão atuando em estado de alerta.

Segundo o Corpo de Bombeiros, os turistas são os mais suscetíveis a caírem nessas armadilhas que são as valas, por não terem experiências anteriores naquela região marinha. Os buracos são um perigo porque podem desencadear incidentes que resultem em afogamento.

Ontem, uma equipe do Batalhão de Bombeiros Marítimos montou guarda com olhos voltados para a faixa de areia e também para o mar. Como o número de banhistas aumenta neste período do ano, a atenção redobrada passou a fazer parte da rotina de trabalho dos Bombeiros neste mês.

Segundo o sargento Antônio Sousa Silva Neto, é bem provável que, entre outros fatores, o aumento de buracos naquele perímetro da orla tenha alguma relação com a construção do Espigão Costeiro da Ponta d’Areia, que teria refletido no comportamento das correntes marítimas, resultando em deformações submersas.

“Os buracos, antes do espigão, estavam concentrados em uma única área. Agora, por coincidência, o que temos observado é que eles se espalharam e estão em diversos pontos. Daí a necessidade de os banhistas ficarem alerta ao mergulhar, pois podem cair no que chamamos de valões, ou simplesmente de um grande buraco”, explica o sargento.

Problemas

O estudante Rômulo Cunha, que estava na praia, revelou que não tinha conhecimento sobre tais valões, mas contou que uma amiga sua passou por uma situação complicada ano passado naquele trecho. “Ela escorregou com a prancha de surf, mas não foi nada grave”, contou, revelando que somente agora entendeu o que tinha acontecido.

No entanto, além das valas, os banhistas precisam ficar atentos em relação ao aumento do número de caravelas, águas-vivas ou medusas (celenterados marinhos que disparam uma substância que queima a pele humana). As medusas não somente boiam na água como também são levadas do mar até a areia com as rajadas de vento. Logo, o ato de caminhar na praia também precisa de atenção.

“Como o vento é forte nesta época, esses animais marinhos são vistos com mais frequência, mas este ano ainda não tivemos nenhuma ocorrência de queimadura por caravela. No entanto, continuamos alertando as pessoas, principalmente os turistas de primeira viagem a São Luís, que não conhecem a nossa orla”, disse Silva Neto.

Prevenção

O trabalho dos Bombeiros, segundo o sargento, é também preventivo, distribuindo material informativo para os banhistas. O material aborda diferentes assuntos, entre eles, itens como afogamento, crianças perdidas e orientações sobre como se comportar dentro do mar.

“Nenhum caso de afogamento foi registrado este ano, mas tivemos uma criança perdida, logo no início deste mês. No entanto, o desfecho foi feliz, pois rapidamente encontramos os pais da criança. É muito importante também que as pessoas não avancem muito para o alto-mar. O ideal é que não ultrapassem o limite coincidente com a água tocando no umbigo, pois não se deve esquecer aquela frase: acima do umbigo, sinal de perigo”, alertou o bombeiro.

“Ela escorregou com a prancha de surf, mas não foi nada grave. Somente agora entendi o acontecido”, disse o estudante Rômulo Cunha, sobre a queda de uma colega.

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