Criminalidade

Assaltantes de banco do Pará podem estar atuando no MA

Arrombamento de agência bancária em Maracaçumé, com uso de maçarico, leva a polícia a investigar se bando é do estado vizinho; moradores dos municípios onde os últimos assaltos ocorreram podem ter auxiliado ladrões

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
Cofre do Bradesco em Maracaçumé foi arrombado com maçarico
Cofre do Bradesco em Maracaçumé foi arrombado com maçarico (bancos)


A polícia acredita que no­­­­­vos quadrilheiros agem no Maranhão e estariam trocando material explosivo por maçarico pa­ra praticar assaltos a banco, co­mo o ocorrido na noite do último domingo, no Bradesco do município de Maracaçumé. A polícia investiga a possibilidade de os assaltantes serem do estado do Pará e que tenham tido o apoio de moradores do município. Foi a quinta agência bancária assaltada no estado somente este ano.

“Nesses últimos meses, os qua­drilheiros usaram dinamite em suas ações criminosas, mas no último registro de roubo a banco utilizaram maçarico. Um modus operandi que não vinha sendo usado desde o começo de 2014”, declarou Luis Jorge Ma­tos, delegado do Departamento de Combate a Roubos a Institui­ção Financeira (Dcrif), órgão ligado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).

O delegado informou que uma parte dessa quadrilha chega à cidade antes do dia do assalto. Na maioria das vezes em companhia de um morador local, eles levantam informações da cidade, principalmente a quantidade de policiais ali existentes, como é feito o abastecimento de caixas eletrônicos e até mesmo possibilidades de fuga. Somente após essa etapa os outros quadrilheiros chegam para praticar o crime.

O delegado também disse que por volta das 2h40 de domingo, 10, policiais militares foram informados pela Central de Monitoramento do Bradesco que dois homens, não identificados, teriam arrombado o Bradesco de Maracaçumé e estavam tentando cortar o cofre com maçarico. A ação criminosa teria sido gravada pelo sistema de câme­ra de segurança da agência.

De posse da informação, guarnições da Polícia Militar foram até o local, cercaram toda a agência bancária e depois realizaram buscas pela cidade, mas os bandidos já haviam tomado rumo ignorado. Os militares revistaram o banco e encontraram material deixado provavelmente pelos bandidos, como botijão de gás, maçarico, escada, fios elétricos e outros instrumentos usados para arrombamento. Também acharam um cofre arrombado e outros danificados.

Ainda segundo Luis Jorge Matos, o material apreendido e as imagens do circuito das câmeras de monitoramento serão periciados para tentar identificar os criminosos. “O assalto foi registrado pelas câmeras, o que vai facilitar a identificação dos bandidos. Há uma grande possibilidade de a maioria desse bando ser do Pará, devido à proximidade do local do assalto. Esse tipo de criminoso costuma agir utilizando maçarico”, explicou o delegado.

Explosões
Também no decorrer deste mês, a polícia registrou a explosão de quatro bancos, no interior do estado. Na madrugada do dia 8, quatro assaltantes que estavam em duas motocicletas e um carro preto, de marca e placas não identificadas, chegaram à cidade de Bacuri. Portando armas de grosso calibre e vestindo roupas escuras, eles explodiram o Banco do Brasil da localidade e tomaram as armas de dois vigilantes de um estabelecimento comercial que estavam nas proximidades.
Antes, no dia 6, as agências do Banco do Brasil e do Bradesco na cidade de Igarapé Grande foram explodidas por criminosos e, no dia anterior, os bandidos tinham destruído o Bradesco de Alto Alegre do Pindaré. l­

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