Educação

Sindicato recusa calendário escolar proposto pela Semed

O Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís divulgou nota afirmando que a Semed não levou em consideração o déficit curricular

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
UEB João de Sousa Guimarães foi invadida no ano passado
UEB João de Sousa Guimarães foi invadida no ano passado (UEB João Sousa Guimarães)

O Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) divulgou nota segundo a qual recusa o calendário escolar proposto pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) para o ano letivo 2016. Segundo a entidade, o calendário, ao definir o fim do ano letivo 2015 e o início do ano letivo 2016, não leva em consideração que muitas escolas estão com déficit curricular decorrente da paralisação das atividades ao longo de 2015.

Em reunião realizada dia 22 de dezembro de 2015 entre a direção do Sindeducação e o secretário de Educação, Geraldo Castro, o re­presentante da Semed apresentou o calendário escolar 2016, requerendo a anuência da entidade. O sindicado afirma que o ca­lendário apresentado definia o fim do período letivo de 2015 e o início do ano escolar de 2016, mas não apresentava soluções para problemas como a falta de infraestrutura, segurança e número insuficiente de profissionais.

Para a presidente do Sindeducação, Elisabeth Castelo Branco, a assinatura é inviável. “No do­cumento não consta sequer uma solução para os problemas da rede de ensino, fato que demonstra o descompromisso do governo Edivaldo Holanda com a educação pública da capital”, afirmou.

Paralisações

Em 2015, diversas escolas parali­saram atividades por falta de estrutura. Por causa da insegurança, estudantes das Unidades de Educação Básica (UEB) Santa Clara, na Santa Clara, Estudante Edson Luiz de Lima, na Gancharia, e Professor João de Sousa Guimarães, na Divineia, chegaram a ficar sem aulas. Outra escola que também teve as aulas suspensas por causa da violência foi a UEB Ana Lúcia Chaves Fecury, no São Bernardo.

Ainda de acordo com a nota, outras unidades de ensino foram fechadas para reforma e não foram mais reabertas, isso causou atrasos no calendário escolar.

Também não foram postas em pauta as discussões em relação a problemas como o número insuficiente de profissionais da educação – lato sensu (professores, cuidadores, interpretes, administrativos e outros).

A Semed informou em novembro que o ano letivo de 2015 tinha previsão de encerramento para o período de janeiro a abril de 2016, variando de acordo com a situação de cada escola da rede municipal, levando em conta o ca­­lendário letivo adaptado por conta do período de paralisação dos professores em 2014, que durou mais de 100 dias e atrasou o fim do ano letivo 2014 e início do ano letivo 2015.

O Sindeducação frisou que o sindicato e a Semed não chegaram a um acordo quanto ao calendário. “Caso a Prefeitura de São Luís não resolva essas problemáticas teremos que tomar outras medidas – sem descartar a possibilidade de uma greve geral”, afirmou a presidente.

Números

130 mil estudantes estão matriculados na rede municipal de ensino

280 escolas compõem a rede de ensino municipal

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