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Ano novo sem violência

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Atualizada em 11/10/2022 às 12h52

José Carlos Sousa Silva

As pessoas normais vêem a vida humana como o bem de maior valor. Fazem de tudo para protegê-la. Têm por ela um sentimento do mais profundo respeito. Têm assim Deus no coração, no raciocínio e no comportamento (ação ou omissão). Não vêem na guerra uma solução, mas o aprofundamento de crises, de desarmonia, do ódio, das divergências, das desigualdades sociais, econômicas e políticas que estão marcando o início do século XXI.

Milhares de pessoas são assassinadas por dia no mundo por diversos motivos e até sem motivo nenhum. Essa realidade dói muito nos familiares das vítimas. A violência contra a vida humana é a pior de todas e que está crescendo a todo instante e ganhando adeptos, seguidores, agentes atuantes com uso de armas de alta tecnologia.

Na televisão estamos vendo o desrespeito às crianças, aos idosos, aos enfermos e aos pais de família chorando por causa da violência. Triste quadro!
A televisão já informou que um pai matou o filho e que um filho matou a mãe, tendo como causa o uso da droga. Esses fatos de violência revelam claramente as características de uma época, em que até mesmo os chefes de Estado estão gastando o dinheiro do povo na prática de violência às pessoas. Alguns policiais já foram vítimas dessa violência.

Os que têm poder econômico ou político bem que poderiam eleger outras formas ou maneiras de aparecer como notáveis de sua época. Poderiam, se quisessem, investir no combate à miséria, à fome e ao desemprego, tudo isso motivo forte do desespero de muitos pais de família por aí.

Há, porém, os que conquistam e permanecem no poder à custa da violência, da ilicitude em geral, semeando o medo, como elemento forte para completa obediência a seus atos. São os anormais do século XXI. Não vêem na harmonia social o bem-estar de todos e a forma realmente melhor de convivência entre as pessoas.
Michel Foucault dizia que “todo criminoso poderia muito bem ser, afinal de contas, um monstro, do mesmo modo que outrora o monstro tinha uma boa probabilidade de ser criminoso”.

É evidente que a violência é tão velha quanto o homem. Mas, nesse início de Século, ela está chegando ao um nível assustador. Há monstros demais matando sem motivo e sem finalidade. E o pior de tudo se apresentam, à primeira vista, como normais e vestidos de homem.

Há milhões de pessoas em nosso planeta lutando apenas para existir, enquanto outras existem apenas para matar, objetivando o enriquecimento fácil, a conquista de um certo poder ou um trono de luxo em algum lugar mais conveniente, para abrigar a sua vaidade e o exercício pleno da liberdade.

A política bem que poderia ser lugar exclusivo para os mais capazes, inteligentes, cultos e de bom caráter. Mas, como na realidade, é diferente, alguns assumem o poder político para fazer guerra, inclusive contra inocentes ou desarmados para isso.

A cada dia que passa, o ser humano tem o dever de valorizar mais e mais a própria vida e as dos seus semelhantes. Assim, o meio social se torna agradável para todos. Em qualquer lugar do mundo é imprescindível a convivência social ser pacífica e conduzida nos termos da legalidade. Desse modo, a paz se torna possível.

Vamos juntos comandar um ano novo com resultados benéficos para todos. É importante, para isso, que cada homem e cada mulher sejam realmente humanos.

É muito bom, sim, viver e o melhor é viver sem medo da violência permanente.
Desejo que, em 2016, todos sejam felizes, em completa paz.

Advogado, jornalista e professor da UFMA e Universidade Ceuma. Mestre em Direito pela UnB. Membro da Academia Maranhense de Letras.
E-mail: jcss@elo.com.br

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