Comércio lojista

Comércio lojista luta para atrair consumidores

Com a crise econômica, caíram as vendas, mesmo sendo a época das festas de fim de ano, tradicionalmente temporada de faturamento alto; apesar da Rua Grande estar lotada, o caixa das lojas não está cheio quanto no ano passado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52
Comerciantes da Rua Grande, maior área de comércio lojista de São Luís, se queixam de movimento fraco
Comerciantes da Rua Grande, maior área de comércio lojista de São Luís, se queixam de movimento fraco (Comerciantes)

SÃO LUÍS - O ano difícil para a economia brasileira se refletiu no comércio de São Luís. Na Rua Grande, lojistas reclamam que estão vendendo menos este ano em relação ao Natal de 2014. No comércio informal, as vendas também foram abaixo do comum para o período. Por isso, para tentar melhorar o faturamento nos últimos dias de 2015 várias estratégias estão sendo colocadas em prática para atrair os clientes.

Dezembro não foi um mês ruim de vendas porque a gente se preparou, já que sabíamos que iríamos vender menos que no ano passado”Elizete Pereira, Gerente de uma loja de vestuário
O período natalino é o de maior faturamento para o comércio, mas esse ano, apesar da Rua Grande estar lotada como sempre acontece nesse período, o caixa das lojas não está tão cheio quanto no ano passado. “Muita gente vem, olha, pesquisa os preços, pede desconto e se era de comprar duas, três, quatro peças, leva menos. Não é que não estejamos vendendo, mas estamos vendendo menos”, afirmou José Carlos de Sousa, gerente de uma loja de vestuário com 20 natais de experiência.

Em outra loja de vestuário, o faturamento no mês de dezembro de 2015 caiu em torno de 20% em comparação a dezembro de 2014. “A gente já estava preparado para vender menos. Mas também nos preparamos ao longo do ano para isso. Adquirimos os produtos com antecedência para não faltar no estoque. Não foi um período ruim, mas espero que consigamos atingir nossa meta de vendas até o fim do ano”, disse Elizete Pereira, gerente.

Outro gerente de loja se arriscou a fazer uma previsão: as vendas esse mês não devem superar em mais que 10% o total de dezembro do ano passado. “O momento não é o mais animador para quem trabalha no comércio, mas como dezembro é um mês festivo as pessoas sempre compram e isso faz com que a gente tenha mais vendas essa época que no resto do ano, mas que as pessoas estão comprando um pouco menos, isso estão”, disse Raimundo de Jesus.

Para tentar melhorar o faturamento, muitas lojas apostam em promoções, dão descontos para quem pagar à vista. Medidas que diminuem a margem de lucro, mas ajudam a aumentar o número de clientes. Outra saída foi estender o horário de atendimento durante o período. No sábado, às 16h, muitas lojas ainda estavam abertas. “A gente precisa tentar superar a crise, dar a volta por cima. Vamos fazendo o que dá e torcendo para a economia melhorar logo”, disse Raimundo de Jesus.

Informalidade

No comércio informal a situação não é muito diferente. O vendedor ambulante Israel Silva disse que “esse Natal está sendo muito fraco”. Segundo ele, em 2014 as vendas estavam muito melhores. “Eu estou vendendo 50% menos este ano. Nem parece que estamos no Natal, pois as vendas caíram muito”, afirmou.

Para garantir o faturamento, ele também tem suas estratégias. “É preciso ter muito papo com o cliente, porque ele pechincha muito. Aí, a gente faz um descontinho para não perder a venda e agradar o cliente, que acaba voltando depois para comprar mais alguma coisa porque sabe que a gente consegue negociar”, comentou.

Dezembro não foi um mês ruim de vendas porque a gente se preparou, já que sabíamos que iríamos vender menos que no ano passado” Elizete Pereira, Gerente de uma loja de vestuário

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