Assembleia Legislativa

Assembleia pode iniciar 2016 com mudanças em blocos parlamentares

Deputados da base governista ainda articulam a divisão do maior bloco da Casa, para pressionar o Poder Executivo em relação aos interesses do parlamento

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52
O chamado de “Blocão”, maior bloco da Assembleia Legislativa deve ser dividido em outros dois grupos
O chamado de “Blocão”, maior bloco da Assembleia Legislativa deve ser dividido em outros dois grupos (Plenário d Assembleia)

Deputados estaduais da base governista na Assembleia Legislativa ainda articulam, nos bastidores, a divisão do maior bloco da Casa, que reúne 20 membros de 11 partidos políticos para o início de 2016.

O Bloco Parlamentar Unidos Pelo Maranhão, chamado de “Blocão”, deve ser dividido em outros dois blocos. O colegiado tem força para aprovar ou rejeitar, praticamente sozinho, quase todas as proposições do plenário do legislativo, exceto as matérias que carecem de quórum qualificado, quando dois terços de um total de 42 deputados, precisam deferir o mesmo entendimento.

No início do mês de novembro O Estado já havia adiantado a articulação dos deputados para a divisão do bloco.

Naquela ocasião, os governistas começaram a se movimentar em decorrência da insatisfação pelo tratamento recebido pelo governo, principalmente no que diz respeito ao não pagamento de emendas.

O objetivo era exatamente manter o Executivo pressionado para que somente assim, os projetos do interesse do Palácio dos Leões sejam aprovados com tranquilidade no parlamento. A missão chegou a ser abortada, mas voltou à pauta dos governistas.

O Estado ouviu o líder do governo na Casa, deputado Rogério Cafeteira (PSC), sobre o tema. O parlamentar não descartou a possibilidade de divisão, mas enfatizou que não há nada de concreto até o momento. “É até natural que haja essa discussão, uma vez que muitos deputados manifestam interesse em participar das comissões da Casa, o que certamente influencia na mudança de bloco, mas é pura especulação”, disse.

Cafeteira adiantou que outras bancadas e blocos também podem sofrer alterações em 2016.

Outros três deputados – que preferiram não se identificar -, por estarem ou não diretamente na articulação de um novo bloco, falaram sobre o tema. Dois deles não descartaram o racha. Um terceiro assegurou que o tema é tratado nos bastidores e que vai sim ocorrer a divisão de colegiados.

Derrota – Caso aconteça, a mudança na estrutura de blocos e bancadas no legislativo poderá representar nova derrota na articulação política do Governo do Estado.

Deputados tanto da base governista quanto de oposição, reclamam do tratamento dispensado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e por parte de secretários de estado.

Na semana passada o juiz Clésio Cunha, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, deferiu pedido de liminar ajuizado pelo deputado oposicionista Edilázio Júnior (PV) que obriga o Governo do Estado a pagar as emendas do parlamentar.

Na ocasião, ele levou o tema para a tribuna da Casa, durante o grande expediente e falou da insatisfação da Assembleia com o Executivo. Citou inclusive o constrangimento por parte de aliados de Dino.

Não houve qualquer manifestação contrária da base governista, em relação as críticas levadas à tribuna ou sobre a decisão do deputado de buscar na Justiça para o recebimento das emendas.

Mais

Titular da Secretaria de Assuntos Políticos, o presidente do PCdoB no Maranhão, Marcio Jerry, é quem discute diretamente com deputados estaduais, sobre temas de interesse do Poder Legislativo. Jerry é uma espécie de porta-voz do governador Flávio Dino (PCdoB) junto a classe política.

Acredito que as coisas vão começar a se revolver somente a partir do dia 15 de janeiro. Essa questão é semelhante a eleição para a presidência da Casa. Tudo acontece em uma semanaRogério Cafeteira, deputado estadual pelo PSC

Deputados devem retornar ao Legislativo após licença

O plenário da Assembleia Legislativa deve registrar alterações em bancadas, com o retorno de deputados licenciados da Casa. Pelo menos dois retornos devem ocorrer: Edivaldo Holanda Braga (PTC) e Graça Paz (PSL).

Edivaldo se afastou das atividades legislativas no mês de agosto para tratamento de saúde. Ele foi substituído pelo suplente Toca Serra (PTC), que no dia 12 deste mês chegou a se despedir dos colegas.

“Hoje estou cumprindo os quatro meses de mandato a mim concedido para representar o povo do Maranhão. Acredito no governo e deixarei esta Casa com o retorno do deputado Edivaldo Holanda, mas sou da base do governo; tenho uma grande amizade nesta Casa que, graças a Deus, me recebeu de braços abertos. Eu me sinto um homem feliz pois Deus - que tem me abençoado a cada dia e irá me abençoar muito mais - vai abençoar esta Casa e dar inteligência para todos os parlamentares, para o governador Flávio Dino e o seu secretariado”, disse Toca Serra.

Graça Paz tirou licença de 121 dias no início de outubro. Desde o suplente de deputado Cristovam Filho (PSL) tem a substituído. Em fevereiro, quando os parlamentares retornam do recesso, o período de afastamento de Paz será concluído. É provável, portanto, que ela retorne à suas atividades.

Outros dois parlamentares licenciados também podem retornar à Casa em fevereiro de 2016. Tratam-se Neto Evangelista (PSDB) e Bira do Pindaré (PSB), ambos integrantes do primeiro escalão do Governo do Estado.

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