O Ministério da Saúde (MS), com base em Boletim Epidemiológico da pasta divulgado em coletiva de imprensa realizada ontem,15, confirmou que 56 casos de microcefalia, com possível relação com o zika vírus, foram registrados no Maranhão. De acordo com a pasta federal, outros sete casos suspeitos da doença no estado foram confirmados, porém, sem relação com a zika.
O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde ( SES), dia 9 deste mês, apontou 36 casos confirmados da doença no Maranhão.
De acordo com o ministério, no total, os casos de microcefalia foram registrados em 24 municípios distintos do território maranhense, dentre eles, São Luís, Santa Inês, Caxias, Imperatriz, Chapadinha, Urbano Santos, Açailândia, Davinópolis e São João dos Patos. Entre 2010 e 2014, foram diagnosticados apenas 15 casos no estado de bebês com microcefalia causados pelo zika vírus.
Por meio de sua assessoria, o Ministério da Saúde confirmou ainda na tarde de ontem que a investigação dos casos de microcefalia relacionados ao zika vírus é feito em conjunto com gestores de Saúde de estados e municípios. Em boletim divulgado na semana passada, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que profissionais da área deverão atuar no controle do mosquito e da microcefalia em dois hospitais do estado: o Hospital Materno Infantil, da cidade de Imperatriz - que atenderá pacientes das regiões central e tocantina - e o Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís.
De acordo com representantes do MS, 18 laboratórios no Brasil estão capacitados para a coleta de sangue, sendo 13 centrais e outras cinco unidades consideradas de referência. O teste para a confirmação do vírus Zika em qualquer pessoa deve ser feito, preferencialmente, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. Ainda de acordo com o MS, o zika vírus é de “difícil detecção”, pois 80% dos pacientes infectados não manifestam sinais ou sintomas.
Diagnóstico
Até o dia 9 deste mês, de acordo com a SES, haviam sido confirmados 36 casos da doença no estado. De acordo com o órgão, do total das ocorrências, em pelo menos 25% dos casos as mães tiveram zika vírus - transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue - durante a gestação.
De acordo com o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo zika vírus, lançado pelo MS na segunda-feira,14, valores de perímetro cefálico entre 32,1 e 33 cm não serão classificados como microcefalia. Segundo o Governo Federal, haverá nos próximos meses a ampliação dos testes rápidos de gravidez para diagnóstico precoce.
O Ministério da Saúde confirmou no dia 28 do mês passado a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia na Região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do Ministério da Saúde, em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascido no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do zika vírus.
Mais
O Ministério da Saúde confirmou ontem a ocorrência de 134 casos de microcefalia desde o início do ano no país – todos causados por contaminação pelo zika vírus. Outros 102 casos suspeitos foram descartados. O governo anunciou que vai distribuir repelente a gestantes como forma de evitar a contaminação.
Quadro
Cidades em que houve registros
de crianças com microcefalia no
Maranhão até o dia 9 deste mês:
- Barra do Corda
- Dom Pedro
- Humberto de Campos
- Coroatá
- São Francisco do Brejão
- Buriticupu
- São José de Ribamar
- São Luís
- Santa Inês
- Caxias
- Imperatriz
- Chapadinha
- Urbano Santos
- Açailândia
- Davinópolis
- São João dos Patos
- Codó
- São Domingos do Azeitão
- Axixá
- Pio XII
- Santa Rita
Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (SES)
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