Crime

Escola de ensino infantil é alvo de vandalismo

Criminosos invadiram a UEB Monsenhor Frederico Chaves Infantil, no São Francisco, e depredaram todo o local, sem levar nada de valor

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52

[e-s001]As aulas da Educação Infantil da Unidade de Educação Básica (UEB) Mon­senhor Frederico Chaves, no São Francisco, foram suspensas forçadamente ontem, quando os funcionários chegaram à escola e encontraram o prédio totalmente van­dalizado. Todas as seis salas de aula, brinquedoteca, salas de apoio e direção foram invadidas e danifica­das. Apenas o refeitório escapou da fúria dos baderneiros.

O mais incrível é que nada foi levado da unidade de ensino. Computadores, televisores, aparelhos de vídeo, equipamentos de som. Tudo continuava dentro das salas. Em contrapartida, quem invadiu o local tratou de fazer uma bagunça que não poderia ser consertada rapidamente.

Pelo chão das salas de aula, era visível a presença de pó químico, proveniente dos extintores de incêndio que foram esvaziados, talvez por pura maldade ou diversão de mau gosto. Os tubos e potes de tinta, que as crianças, todas de 3 e 5 anos, usam em seus trabalhos manuais, foram esvaziados nos quadros e paredes das salas. Os livros, cadernos e papéis ficaram espalhados pelo chão. Por todo lado podia ser visto escrito “B40”, em alusão a uma facção criminosa, além de xingamentos.

[e-s001]Na brinquedoteca, os objetos fo­ram jogados no chão. Fantoches ain­da risonhos tentavam sobrepor-se à enorme quantidade de pó químico que cobria o piso. Na parede, a televisão permanecia. “Eles só vieram bagunçar. Não levaram nada”, afirmou uma professora, que pediu para não ser identificada.

Ninguém tem conhecimento de quando os atos de vandalismo foram praticados. Algumas testemunhas afirmaram que, no domingo de tar­de, passaram pela escola e ouviram barulho. Alguns chegaram a pensar que se tratava de uma reforma.

O que se sabe é que professores e demais funcionários estão tomados pelo medo. Já afirmaram, inclusive, que este ano não retomam as aulas. Pelo menos, não até que a Prefeitura garanta as condições necessárias. “Enquanto a Semed [Secretaria Municipal de Educação] não enviar segurança, os professores não voltam à escola”, afirmou outra docente.

Segurança é uma coisa que não existe nessa unidade de educação há pelo menos quatro anos. Segundo os funcionários, desde o mandato de João Castelo não há um único vigilante na escola, em turno nenhum. “Aqui só tem mulher e crian­ça. Os bandidos sabem. A gente corre perigo o tempo todo”, ressalta uma funcionária.

[e-s001]Não por acaso, nesse tempo, a escola já foi invadida quatro vezes. Na primeira, furtaram ventiladores e televisores. Nas outras três ocasiões, todas este ano, invadiram apenas para vandalizar, incluindo esta última.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que vai providenciar a limpeza e fazer a contabilização dos prejuízos sofridos após a perícia na escola. A secretaria afirmou ainda que está tomando todas as providências ne­cessárias para a retomada das aulas na referida unidade de ensino e que o serviço de vigilância será restabelecido na escola.

SAIBA MAIS
SEM VIGILÂNCIA

Um levantamento realizado em novembro, do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), mostrou que, das 281 escolas da rede municipal, apenas 73 mantêm um vigilante. Esse número foi apresentado em um relatório à Promotoria de Educação, informando os diversos casos de violência ocorridos no ambiente escolar e na área de entorno das escolas em 2015. “Essa situação se agravou a partir do momento em que, em 2014, a Prefeitura reduziu em 50% o total de vigilantes nas escolas”, afirmou a professora Elizabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação.

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