Paris - O Brasil afirmou ontem que vai aderir à “High Ambition Coalition”, a coalizão de países que pressionam por um acordo do clima com metas mais ousadas de cortes de emissões globais e de contenção da temperatura, mas minimizou o papel do grupo em influenciar o tratado do clima.
“Eu vou aderir à coalizão, vou aderir mais tarde”, afirmou na tarde desta sexta-feira a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Até aqui, o Brasil vinha evitando se aproximar do grupo, por estar alinhado com China e Índia, países que relutam em se colocar numa posição onde tenham de assumir compromissos de corte de emissão no futuro.
Ambição
A brasileira, entretanto, se disse cética quanto a possibilidade o grupo ajudar a aumentar a ambição no acordo: “A coalizão tem um papel político de diálogo; quem faz a negociação são os países individualmente.”
Izabella, até agora, vinha evitando pressionar por um texto de acordo com uma meta global mais ambiciosa de cortes de emissão, por estar em uma posição de tentar conciliação. O Brasil está mais flexível agora, porém, com relação a uma meta de temperatura mais ambiciosa.
“O Brasil defende a posição que está no texto agora, que é sair de abaixo de 2°C para ir para depois evoluir e ir para 1,5°C”, afirmou.
A ministra negou que a China esteja tentando travar o acordo por não aceitar esse objetivo. “Não tenho informação sobre que tenha sido assim”, afirmou. “Tive ótima reunião com os chineses.”
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