Estratégia

“Amigo secreto” é a opção para economizar no Natal

Pesquisa mostra que 30,6% dos brasileiros optarão pelas confraternizações coletivas para driblar a crise e manter a tradição; 86% dos consumidores irão participar das comemorações natalinas com um gasto médio de R$ 197,00

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52
(presentes)

Mesmo com a economia em crise, no final de ano não devem faltar presentes e comemorações de Natal. Quando os gastos começam a aumentar sem planejamento, o jeito é utilizar es­tratégias para aliviar o bolso na hora da compra. Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que seis em cada 10 brasileiros (65,6%) costumam participar de “amigo secreto”, e para 30,6% deles a principal justificativa é a economia de dinheiro que a brincadeira proporciona. A grande maioria (85,5%) irá participar de comemorações de Natal no geral, com um gasto médio de R$ 196,85.

Por outro lado, o levantamento também indica que 21,1% dos entrevistados não pretendem participar de nenhum “amigo secreto” por estarem sem dinheiro e outros 9,6% afirmam que não gostam da comemoração, mas participam, a fim de não serem considerados antissociais.

Para o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, as compras de fim de ano devem ser bem pensadas e planejadas para não impactar negativamente no orçamento dos consumidores brasileiros. "O amigo secreto, ou amigo oculto, como também é conhecido, é uma ótima oportunidade para driblar os efeitos da crise econômica e economizar sem abrir mão do ato de presentar, já que é comum estabelecer um limite para o valor a ser gasto", explica. "Além disso, a confraternização coletiva resolve a obrigação de ter de presentear várias pessoas já que cada um se encarrega de apenas um participante e, no fim, ninguém fica sem presente."

Na média, cada brasileiro participará de dois “amigos secretos” no final do ano e vai gastar um valor de R$ 51,10. E 43,6% dos entrevistados ainda não definiram essa quantia. Vignoli indica: "A estratégia de estipular uma quantia acessível a ser gasta pelos participantes faz com que o foco esteja na criatividade e no desejo de agradar o presenteado, e não no valor financeiro".

Comemorações
Quando o assunto é Natal, não é apenas o presente que sai do bolso do consumidor. Existem gastos também para realizar as comemorações das festas de confraternizações. Cerca de 62,6% participam das festividades com amigos e familiares mesmo se tiverem que pagar - já 22,9% também participam, mas somente se não tiverem custo.

Neste ano, o valor médio a ser desembolsado deve chegar a R$ 196,85, e 56,2% dos brasileiros ainda não sabem quanto irão gastar. De acordo com a pesquisa, as comemorações acontecerão principalmente na casa em que reside o entrevistado, para 50,1% das pessoas ouvidas, ou na casa de parentes e amigos (37,4%).E para 70,4% a divisão das despesas será feita contribuindo financeiramente ou com algum prato para a festa. Outros 19,0% irão participar de festas nas quais apenas uma pessoa irá arcar com todas as despesas.

O educador financeiro lembra que os gastos nas festas de Natal ainda vão além do presente e da ceia ou festas. "Durante as comemorações, muitas pessoas querem estar bem vestidas e para isto acabam comprando roupas no­vas. Na pesquisa, 61,7% dos entrevistados afirmam que comprarão alguma roupa, calçado ou acessório novo para usar nas celebrações", alerta Vignoli. "Embora não seja necessário, se as pessoas desejarem isto, só deve ser feito se não causar prejuízos ao orçamento ou gerar dívidas futuras para 2016. Uma boa saída é comprar somente um item e não uma roupa completa", conclui.

Metodologia
O SPC Brasil entrevistou 601 consumidores de ambos os sexos e de todas as idades e classes sociais nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de no máximo 3,7 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. O objetivo da pesquisa foi avaliar a intenção de compras no Natal de 2015, mapeando as preferencias e percepções dos consumidores em relação aos produtos, preços, forma de pagamentos e locais de compra.

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