Saúde

UPA Vinhais ainda atende apenas casos de urgência e maior complexidade

No fim de novembro, profissionais da saúde suspenderam os atendimentos por falta de pagamento dos salários; apenas as prioridades e os casos de urgência estavam sendo atendidos nas unidades

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52

Na Unidade de Pronto Aten­­dimento (UPA) Vinhais, continuam sen­do atendidos apenas casos de urgência de maior complexidade. Muitas pessoas que chegam à unidade de saúde em busca de atendimento estão sen­do informadas de que os casos de menor gravidade – ambulatoriais – devem procurar postos de saú­de.

No dia 26 de novembro, O Estado noticiou a suspensão parcial das atividades na UPA Vinhais. Na ocasião, apenas os pa­­­cientes com prioridades, como crianças, idosos e gestantes, e aqueles casos considerados co­mo graves, estavam sendo atendidos pelos profissionais. Para outras pessoas, a resposta era procurar outras unidades de saú­de em busca do atendimento mé­dico pretendido.

O Instituto de Cidadania e Natureza (ICN), que gerenciava as UPAs, teve de romper o contrato com o Governo do Estado após a operação “Sermão aos Peixes”, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Em meio à incerteza, os profissionais teriam suspendido parte das atividades. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) garantiu que nenhu­ma unidade de saúde da rede estadual estava com atendimento suspenso ou parcialmente paralisado e que já havia assumido o pagamento de todos os funcio­nários do ICN.

Atendimentos
Ontem, O Estado flagrou no­vamente pacientes sendo orientados a procurar postos de saúde. Uma mulher chegou à UPA por volta das 11h30 com um corte profundo no dedo e foi informada de que a unidade não realizava suturas. Ela foi orientada a buscar um posto de saúde.

Pessoas que aguardavam a liberação de seus familiares confirmaram a situação da UPA. Wellington Jurema dos Santos Fer­­reira contou que levou o sogro à unidade de saúde e, por se tratar de um caso mais grave, ele foi atendido prontamente. Enquanto isso acontecia, e ele aguardava na porta da UPA, viu outras pessoas buscarem essa ação e sendo orientadas a procurar outras unidades. “A nossa saúde está um caos e quem paga é o povo”, disse.

Mudanças
O Estado
entrou em contato com a administração da unidade de saúde. Nilson Ribeiro, coordenador administrativo da UPA Vinhais, afirmou que nenhum serviço foi suspenso. Ele informou que a questão do ICN já foi regularizada e que na gestão anterior o atendimento nas UPAs era de porta aberta, o que não acontece mais hoje. Eram atendidos desde casos simples aos mais graves. Mas agora as unidades de pronto atendimento estão recebendo apenas os mais graves. Dependendo do que for constatado na triagem, o paciente é aten­dido ou encaminhado.

Segundo o Ministério da Saúde, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ficam abertas 24 horas e servem como intermediárias entre as Unidades Básicas de Saúde e os hospitais. Essas unidades são equipadas para socorrer pessoas com problemas de pressão, febre alta, fraturas, cortes, infartos e outras ocorrências de média complexidade.

Nas UPAs, o paciente é avaliado de acordo com a classificação de risco, podendo ser liberado ou permanecer em ob­­servação por até 24 horas. Se necessário, a pessoa será encaminhada a um hospital de referência.

A Secretaria de Estado de Saú­de (SES) foi procurada, mas não retornou o contato.

SAIBA MAIS

Lançadas como parte da Política Nacional de Urgência e Emergência (2003), as Unidades de Pronto Atendimento 24 horas atendem casos de saúde que exijam atenção médica intermediária, evitando que estes pacientes sejam sempre encaminhados aos prontos-socorros dos hospitais.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.