Artes marciais

São Luís sediará o I Marangola de Capoeira

Evento, promovido pelo mestre Gavião será de amanhã a sábado

Marcio Henrique Sales/Esportes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52
Mestre Gavião vai coordenar o Marangola no Convento das Mercês/Divulgação/Lucas Vieira, do Imirante
Mestre Gavião vai coordenar o Marangola no Convento das Mercês/Divulgação/Lucas Vieira, do Imirante (Mestre Gavião)

Com o objetivo de promover o diálogo sobre a capoeira maranhense, o mestre Gavião, Hélio Sá, promoverá o I Marangola de Capoeira, nos dias 3, 4 e 5 deste mês, no Convento das Mercês, no Desterro, Centro. O evento contará com oficinas e manifestações culturais do bairro e tem como público alvo capoeiristas e simpatizantes da modalidade esportiva. Para participar, basta pagar uma taxa de R$ 25,00, que dá direito a uma camisa alusiva ao encontro e um certificado.

Para o mestre Gavião, o I Marangola é muito mais que um encontro de capoeiristas. “O evento é uma homenagem aos negros de Angola trazidos para o Brasil para serem escravizados. O fortalecimento das raízes do esporte. Não vamos falar apenas da Capoeira de Angola, mas de todos os estilos, porque queremos fortalecer a cultura. O esporte está no auge, mas muitos praticantes não conhecem sequer a história dos grandes mestres”, explicou.

Mestre Gavião salientou ainda que durante o I Marangola serão discutidas a história e as conquistas da capoeira, além de evidenciar as dificuldades encontradas pelos grupos de São Luís. “Estamos dando um passo inicial para o fortalecimento da capoeira. Por meio das propostas que serão levantadas no encontro, levaremos para o Marangola o que é importante hoje para a capoeira no município, quais os problemas e o que podemos fazer para solucioná-los. A capoeira tem um importante papel social ao tirar muitas crianças de situação de risco”, afirmou.

De acordo com mestre Gavião, a modalidade já conquistou muito espaço na sociedade, mas ainda precisa crescer mais. “Vejo que precisamos nos organizar para buscar melhorias. São Luís é uma cidade em que a capoeira tem muito espaço, apoio do poder público, da imprensa e da sociedade. Entretanto, precisamos resgatar a história do esporte e dos mestres. Acredito que vamos conseguir, porque tem muita gente quer, enquanto existir alguém tocando berimbau, vai jogar capoeira”, ressaltou. Entre as propostas levantadas estão a criação de espaços públicos para a prática da capoeira, incentivos, exigência da formação técnica para os professores e a realização de mais eventos voltados ao esporte. “Queremos resgatar aquelas antigas ro­das de capoeira espalhadas pela cidade. Queremos tirar o esporte de dentro dos muros das academias e centros e levar para as ruas”, destacou Gavião.

Um dos organizadores do I Mar­angola, Filipe Hiluy, destacou a importância da participação dos mestres no evento. “Fico feliz em participar desta discussão sobre a importância da capoeira para o esporte e a cultura da nossa região e acredito que juntos vamos buscar alternativas para fortalecer estes grupos. Agradeço os gran­des mestres Gavião, Fábio Arara, Pirrita, Euzamor, Pato e Evandro pela realização deste grande evento”, destacou.

O I Marangola contará ainda com atrações culturais: Bateria da Flor do Samba e Boi Lendas e Magias, ambas do bairro do Desterro. e rodas de Capoeira.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.