O mês de dezembro já começou e, com ele, crescem as expectativas de comerciantes para o período de compras de fim de ano na Rua Grande. Não só por causa do Natal e Ano-Novo, mas também por cau­sa do pagamento da primeira parcela do 13º salário, o movimento na via aumenta. Por isso, quem trabalha ou frequenta a Rua Grande cobra mais policiamento.

Há um ano, a autônoma Bianca Lopes teve a bolsa levada por um bandido enquanto passeava na Rua Grande com o marido e o filho. Ela lembra que caminhava com a bolsa no ombro, quando um ho­mem passou correndo, puxou e levou a bolsa com o celular e os documentos. No momento do acontecido, não havia nenhum policial para acudir a vítima. Desde então, ela deixou de frequentar a Rua Gran­de. Ir ao centro comercial só quando é realmente necessário. A alternativa é frequentar shoppings. “A gente não tem como se sentir seguro aqui”, disse.

Em anos anteriores, policiais foram destacados logo cedo para atuar a pé em duplas em cada quarteirão. A presença de motocicletas e viaturas também foi reforçada. Mas isso ainda não ocorreu em 2015. O Estado percorreu toda a Rua Grande e a única presença policial identificada foi a de uma viatura que dialogava com os responsáveis pela operação de disciplinamento da Blitz Urbana.

A gente esperava que o policiamento já tivesse sido reforçado. As pessoas já estão vindo à Rua Grande” Wallace Veloso, gerente de loja

Cobrança
Por isso, os comerciantes reclamam da falta de policiamento na via e cobram ações da Polícia Militar para garantir a segurança de consumidores e deles próprios. Wallace Veloso, gerente de uma loja de confecções, afirma que o policiamento melhorou nos últimos dias. Mas ainda está aquém do que seria necessário para o período.

Ele lembra ainda que algumas lojas já passaram a abrir as portas aos domingos. O estabelecimento em que ele trabalha, por exemplo, abrirá no dia próximo domingo, dia 6, e estenderá o horário de funcionamento durante a sema­na. “A gente esperava que o policiamento já tivesse sido reforçado. As pessoas já estão vindo à Rua Grande”, afirmou.

Vendedores ambulantes instalados nas proximidades da Loja Americanas também dizem te­mer por sua segurança com a fal­ta de policiamento. No dia 10 de novembro, um segurança dessa loja foi baleado em um dos ombros após impedir uma tentativa de assalto ao estabelecimento onde trabalhava. O fato aconteceu quando a via estava muito movimentada.

Procurado por O Estado, o coronel Pedro Ribeiro, do Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPAM 1), informou que a operação de segurança na Rua Grande tem início previsto para o dia 3. Esse planejamento ainda está em fase de conclusão no Comando da Polícia Militar.

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