SÃO LUÍS - O vereador Fábio Câmara chegou a se deslocar, sábado, 28, para votar na eleição do diretório municipal do PMDB em São Luís. Não encontrou ninguém. Candidato a presidente, o parlamentar reclama não ter sido comunicado do adiamento e dos motivos para o cancelamento. A data da eleição do diretório havia sido oficializada pela própria executiva, no dia 11 de novembro.

“Fui votar e, só então, descobrir que não haveria eleição. A direção do partido precisa explicar por que suspendeu o pleito”, disse Câmara.

Fui para votar e não houve eleição. A Executiva precisa explicar por que adiou” Vereador Fábio Câmara

Além de Fábio Câmara, disputam a presidência do PMDB – que ficou vaga após transferência de domicílio eleitoral do deputado estadual Roberto Costa, de São Luís para Bacabal – a vereadora Helena Duailibe e o superintendente da Funasa, André Campos .

O Estado tenta,desde sábado, contato com os membros da Executiva do PMDB , e do próprio presidente regional, senador João Alberto de Sousa, para entender os motivos do adiamento. Na tarde de ontem o deputado Roberto Costa explicou por que não ocorreu a eleição.

É preciso encontrar o consenso em torno de um candidato, por isso o adiamento” Deputado Roberto Costa

Consenso

De acordo com o parlamentar, a decisão de suspender o pleito se deu ainda na última quinta-feira, em reunião da Executiva.
“Nós decidimos que é preciso encontrar o consenso nem torno de um candidato, o que ainda não ocorreu. Como a Executiva Estadual também ainda não tomou posso, decidimos, então, realizar a eleição do diretório no final de janeiro”, explicou Costa.

Segundo o deputado, todos os interessados no pleito foram avisados deste adiamento. “O [diretório] estadual, inclusive, divulgou nota sobre o adiamento”, garantiu.

A executiva municipal deve se reunir esta semana para definir a data específica da realização da eleição adiada...

Comando terá poder de discutir eleições em SL

O comando do PMDB em São Luís a ser eleito agora terá a prerrogativa de discutir o processo eleitoral da capital maranhense, inclusive na negociação com outros partidos. Por isso a importância de estar à frente do maior partido do estado.

E cada um dos candidatos a presidente tem interesses definidos em relação ao futuro peemedebista.
O vereador Fábio Câmara, por exemplo, é contra a aliança do partido com o prefeito Edivaldo Júnior (PDT), o que é defendido abertamente pelo deputado estadual Roberto Costa, que tem em André Campos o seu preferido para comandar o diretório.

O interesse na aliança com Edivaldo passa também pela vereadora Helena Duailibe, que sonha até em ser indicada candidata a vice-prefeita na chapa do pedetista. Vencendo a eleição no diretório, ela ampliaria suas chances como negociadora direta da política de coligações.

Apoios

Mas Fábio Câmara conta com um estímulo adicional para fortalecer-se na disputa: ele tem a simpatia do senador João Alberto de Sousa, do presidente em exercício do PMDB, ex-senador Remi Ribeiro, e da ex-governadora Roseana Sarney. Todas estas lideranças são contra a aproximação do PMDB de Edivaldo Júnior.
Para Roberto Costa, no entanto Fábio Câmara precisa conquistar a executiva e o diretório municipal, que se ressente das polêmicas públicas geradas por ele – tendo o próprio deputado estadual como protagonista.
A decisão do partido também pode ser por uma candidatura própria em 2016, o que não descarta nem mesmo o nome do ex-secretário Ricardo Murad, que chegou a cogitar transferência de partido.l

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