Atendimento

Tratamento a dependente químico é ofertado no Centro

Ação foi realizada pela Secretaria de Segurança Pública, em parceria com a Secretaria de Saúde, com suporte do Caps AD e o auxílio de um ônibus cedido pelo programa “Crack, é possível vencer”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

Atendimentos de saúde voltados a dependentes químico foram ofertados em uma ação na região da Praça Deodoro. A atividade, que faz parte do cronograma de combate às drogas na capital, atraiu moradores de rua em busca de tratamento para a dependência e muitas pessoas que têm dependentes no seio familiar. A ação será levada a outros bairros.

Com o suporte do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) e sob a coordenação do delegado Joviano Furtado, policiais e profissionais de saúde prestaram diversos atendimentos ao público ontem. Toda a ação foi realizada com o auxílio de um ônibus do programa “Crack, é possível vencer”, comprado pelo Governo Federal e equipado com câmeras de videomonitoramento. Fo­ram feitos aferição de pressão, testes de glicemia e outros exames rápidos. Além disso, o Instituto de Criminalística (Icrim) fez uma exposição das drogas consumidas em São Luís.

De acordo com o delegado Jovia­no Furtado, a ação pertence ao projeto de resgate de pessoas em situação de rua e dependentes químicos. Diferentemente das ações anteriores, em que essas pessoas eram recolhidas e levadas até o Caps AD, o atendimento foi levado até elas. “Fizemos uma parceria com as secretarias de Segurança e Saúde, para orientar os dependentes e familiares. Nas outras ações de recolhimento, somente uma média de 30% das pessoas aceitavam o tratamento. Aqui eles vêm de forma espontânea”, explicou.

Tratamento - Marcelo Costa, diretor do Caps AD estadual, ressaltou que os dependentes químicos que fizeram os testes rápidos estavam sendo encaminhados para tratamento médico, como foi o caso de alguns diagnósticos de quadro de diabetes. Nos casos de manifestação de desejo dos dependentes em seguir tratamento, eles também podiam ser encaminhados para programa terapêutico.

O diretor ressaltou que foram atendidos pelo menos cinco usuários. “A grande maioria do público foi de familiares, pessoas que têm usuários dentro da família e que queriam saber por que meios podem ajudar essas pessoas a sair dessa situação. Nossa equipe fez toda a orientação sobre a melhor abordagem, como deveria ser feita e até marcando futuras visitas domiciliares”, destacou.

Ainda de acordo com Marcelo Costa, o tratamento ofertado no Caps AD é por demanda espontânea, sem necessitar de encaminhamento. No Caps AD, o paciente fica abrigado durante o dia, das 7h30 às 18h. Quando é detectado um caso mais grave, ele é encaminhado à unidade de acolhimento integral, na Cohab, onde pode ficar por até 24 horas, dependendo do programa terapêutico, que vai de 30 dias a seis meses.

A adesão ao tratamento depende da decisão do dependente, mesmo quando ele é recolhido das ruas em ações da Polícia Civil. Por isso, a importância de ações, como a que foi realizada ontem. “A nossa proposta não é findar as ações estratégicas de recolhimento, mas fazer ações como essa, de educação continua­da. Ao trazer os serviços da Secre­taria de Estado de Saúde para a rua, você trabalha a questão do atendimento e também promove saúde”, afirmou Marcelo Costa.

SAIBA MAIS

Segundo o delegado Joviano Furtado, o ônibus do programa “Crack, é possível vencer” será levado em breve ao bairro do João Paulo, uma das áreas de São Luís que concentra dependentes em situação de rua. A unidade móvel contará com equipe para abordagem de dependentes e encaminhamento para tratamento e policiais para combate ao tráfico.

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