Moscou - A Rússia se declarou preparada para cooperar com a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico (EI) na Síria desde que seja respeitada a soberania das autoridades de Damasco.
"Nós estamos prontos para uma cooperação prática com os países da coalizão e trabalhar para definir as modalidades desde que se respeite a soberania da Síria e as prerrogativas do governo sírio", declarou o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, citado pelas agências russas.
Depois dos atentados da França, as nações ocidentais e a Rússia começaram a aproximar suas posições sobre o conflito sírio e decidiram reforçar sua cooperação contra a ameaça jihadista.
Mas a Rússia e o Irã defendem a soberania da Síria e a permanência de Assad no poder, ao contrário dos ocidentais. O tema se tornou um dos principais obstáculos para estabelecer um plano de paz na Síria.
Obama
Mais cedo nesta quinta, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a guerra civil na Síria não poderá chegar ao fim sem que Bashar al-Assad deixe o poder, descartando a possibilidade do presidente sírio participar em futuras eleições.
"Não prevejo uma situação na qual possamos acabar com a guerra civil na Síria enquanto Assad permaneça no poder", disse Obama, poucos dias depois de uma reunião com o dirigente que representa o principal apoio de Assad, o russo Vladimir Putin.
Obama insistiu que os sírios não aceitarão que Assad permaneça no poder, após uma guerra civil na qual o regime cometeu ataques indiscriminados contra civis.
"Mesmo se eu dissesse que seria OK, eu não acredito que funcionaria", disse Obama em Manila, onde acontece a reunião da APEC (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico). "Você não conseguiria fazer com que a população síria, a maior parte, aceitasse este tipo de saída", completou.
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