Vida de Estudante

Pais já procuram conselhos tutelares para garantir vagas

Todo ano há dificuldades para matricular filhos em escolas de ensino infantil e fundamental; áreas como Cidade Operária e Itaqui-Bacanga são as que mais têm problemas

Jock Dean/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53
Encontrar vagas em escolas do ensino fundamental pode ser difícil
Encontrar vagas em escolas do ensino fundamental pode ser difícil (Estudantes)

“A educação é direi­to de todos e de­ver do Estado e da família com a colaboração da sociedade”. É o que determina a Constituição Federal do Brasil, no artigo 205. Mas em São Luís muitas crianças e adolescentes ainda têm dificuldades para terem cumprido esse direito. Tanto que, embora o ano letivo de 2015 ainda não tenha acabado, um problema já preocu­pa pais de alunos da rede pública de São Luís: a falta de vagas nas escolas, sobretudo na educação in­fantil e ensino fundamental.

Esse é um problema que acontece todos os anos em São Luís. Começa o período de matrículas nas escolas municipais, os pais tentam matricular os filhos, não conseguem vagas e precisam recorrer aos conselhos tutelares pa­ra garantir o estudo dos filhos. E, se faltam vagas nas escolas, sobram reclamações nos conselhos tutelares da capital, sobretudo na área Itaqui-Ba­canga e Cidade Operária, que recebeu mil solicitações de vagas este ano.

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A cada ano aumentam as reclamações de pais que não conseguem matricular seus filhos nas escolas”Darlan Mota, conselheiro tutelar da área Cidade Operária

Uma das mães que teve de recorrer ao Conselho Tutelar para que seus três filhos pudessem estudar foi Maria dos Remédios Santos. “Não consegui matricular meus filhos no começo do ano. Então, procurei o conselho, por-que não podia ficar com os três em casa sem estudar. E, em 2014, também só consegui as vagas por causa do conselho”, informou.

Precaução
O Conselho Tutelar da área Itaqui-Bacanga recebeu um número me­nor de solicitações, 173. Em 2014, foram 300. Antonio Jorge Rodrigues, conselheiro tutelar, ressaltou que é no início do ano que os pais recorrem à entidade, mas que já há quem esteja indo lá para evitar que o problema ocorra em 2016. “Este mês, já recebemos o contato de algumas mães, querendo, de alguma forma, se precaver caso não consigam matricular seus filhos. A maioria da procura é para vagas em turmas do 1º e do 6º ano e em escolas que fiquem próximas das suas casas”, informou.

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