Dois espetáculos

Ney Fa­rias Car­doso

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

Aniversário de Alice e o Grande Prêmio do México. Dois espetáculos. Não pude comparecer ao primeiro. A vida às vezes coloca na vida da gente obrigações intransponíveis. Mas ao segundo pude assistir, e foi muito divertido. Também devem acontecer, aqui e ali, as necessárias compensações.

Os mexicanos fizeram uma festa e tanto. Desde a sexta-feira, quando começou o primeiro treino livre (o famoso TL1), arquibancadas lotadas. O Autódromo Hermanos Rodríguez, aliás, foi reformado a fim de propiciar justamente essa celebração. Afinal, havia mais de vinte anos a Fórmula 1 não dava as caras nesse país. E mostrou que encontrou nele um mercado e tanto, porque o mexicano abraçou a principal categoria do automobilismo como se ela todo ano armasse seu circo na Cidade do México. Tanta comemoração merece um destaque especial.

Ainda mais com as arquibancadas, estrategicamente instaladas em um estádio de beisebol, posicionadas dos dois lados da pequena reta que antecede à curva da vitória. Vamos e convenhamos: apenas em Mônaco o público consegue ficar tão próximo dos pilotos quando eles fazem o que fazem de melhor: acelerar suas máquinas poderosas a mais de 300 quilômetros por hora – como fez Felipe Massa durante os treinos.

Minha querida Alice Cleyde, Nico Rosberg enfim voltou a vencer um grande prêmio. Sim, você não faz a menor ideia de quem seja Nico Rosberg. Até porque a esta altura precisa dar conta de não sei quantos textos exigidos pelo segundo período do curso de História da Uema. Mas não tem problema: basta saber que Nico fez uma corrida consistente, sem dar chance para o azar. Liderou desde a largada e contou com a luxuosa participação de Lewis Hamilton como escudeiro.

No entanto, Alice, creio que festa maior mesmo quem fez foi o mexicano Sergio Pérez. O anfitrião entrou no clima: cantou o hino nacional a plenos pulmões e, pouco depois, com algumas ultrapassagens fez a galera vibrar nas arquibancadas. Uma farra que nós, aqui no Brasil, não fazemos desde que Felipe Massa venceu o GP de Interlagos em 2008, quando o título de campeão mundial bateu na trave e ficou, justamente, com Lewis Hamilton – que erguia então seu primeiro caneco.

A próxima corrida é em duas semanas. O Grande Prêmio do Brasil, no qual uma vez vimos uma multidão carregar Ayrton Senna nos braços, após uma gloriosa vitória. Um espetáculo como poucos, Alice. Assim como seu aniversário. Assim como o lindo espetáculo de seu sorriso. Como um rio de águas claras.

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