Tragédia

Avião russo teria se despedaçado no ar, apontam especialistas

Essa hipótese já era considerada a mais plausível, dada a dispersão dos destroços, que se espalharam por uma grande área no Sinai

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53
Destroços do Airbus A321-200 da companhia russa MetroJet que caiu no Egito com 214 pessoas a bordo/Reuters
Destroços do Airbus A321-200 da companhia russa MetroJet que caiu no Egito com 214 pessoas a bordo/Reuters (Avião Russo)

MOSCOU - O avião russo que caiu no sábado, 31, no Sinai egípcio com 224 pessoas a bordo teria se despedaçado no ar antes de chegar ao chão, indicou o chefe dos especialistas aeronáuticos russos. "O deslocamento ocorreu no ar e os fragmentos se espalharam por uma grande superfície de cerca de 20 km²”, declarou Viktor Sorotchenko, diretor do Comitê intergovernamental de aviação (MAK), citado pelas agências russas, indicando, contudo, "ser muito cedo para tirar qualquer conclusão".

O MAK lidera as investigações de catástrofes aéreas na Rússia. Desta forma, Sorotchenko participa da investigação da queda do voo 9268 da Metrojet no Egito ao lado dos investigadores franceses do BEA e alemães do BFU, representando o construtor Airbus, e egípcios.

A hipótese de o avião ter se despedaço durante o voo já era considerada a mais plausível pelos especialistas, dada a dispersão dos destroços. As autoridades egípcias anunciaram no sábado que encontraram destroços e corpos em um perímetro que se estende ao longo de 8 km de raio, o que, segundo os especialistas, indica a priori que o Airbus A321-200 da empresa russa Metrojet não havia tocado o chão intacto, mas que se despedaçou ou explodiu em voo.

Analistas egípcios começaram a examinar ontem o conteúdo das duas caixas pretas recuperadas do avião, e disseram que pode levar dias para recuperar os dados. O Ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, e investigadores do país chegaram ao Cairo para ajudar as autoridades egípcias a determinar o que causou o acidente.
O Airbur A321, operado pela companhia aérea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, saiu de Sharm El-Sheikh, cidade no litoral do Egito, e seguia para São Petersburgo, na Rússia. Ele caiu em uma área montanhosa logo após perder contato com os radares perto de alcançar a altitude de cruzeiro.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou que as investigações sobre as causas do acidente podem levar meses. "Esse é um assunto complicado e exige tecnologias avançadas e investigações amplas que podem levar meses", disse.

Estado Islâmico

O ramo egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) afirmou no Twitter ser o responsável pela queda do avião russo. Apesar da reivindicação do grupo, uma primeira análise do local do acidente indica que a queda poderia ter sido causada por uma falha técnica. O Ministro russo dos Transportes, Maxim Sokolov, disse à agência Interfax que a afirmação “não pode ser considerada exata”.

O presidente egípcio pediu para que todos esperem os resultados da investigação antes de evocarem possíveis razões para a tragédia.

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