Bandeira Verde

Tricampeão sem discussão

Tricampeão sem discussão

Ney Farias Cardoso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

Bandeira Verde

Para quem assistiu ao histórico Grande Prêmio dos Estados Unidos ontem, foi impressionante a colisão de Daniil Kyviat, da Red Bull, ao sair da pista e acertar em cheio a barreira de proteção. A imagem recuperada do acidente foi muito bacana. O guinchar dos pneus e a pancada subsequente representaram tudo aquilo que, às vezes, a Fórmula 1 perde, em boa parte das corridas, ao longo da temporada.

Bom, quem viu achou legal. Para o jovem e talentoso russo, nem tanto. Porque ele tinha carro para, se não chegar ao pódio, ficar seguramente entre os cinco melhores. Se a irritação dele não o impediu de fazer isso, acompanhou dos boxes Lewis Hamilton conquistar seu merecidíssimo terceiro título.

E foi uma corrida incrível. Talvez a melhor do ano. Acredito que todo mundo fez pelo menos uma ultrapassagem que fosse, ao longo das 56 voltas. Agradou até mesmo a Felipe Nasr, que, mesmo depois de ter feito nada menos que cinco pit-stops em duas horas de prova, conseguiu chegar em nono. Mais lucro do que isso, só se tivesse caído o aguaceiro garantido pelas previsões meteorológicas, mas não confirmado. Ainda bem que não aconteceu. Teria seguramente empurrado o título de Vettel para o México. O “furacão Patrícia”, que no fim das contas se transformou em “tempestade tropical”, viu na condição de mero chuvisco Hamilton beber champanhe na taça.

Lewis queria ser o primeiro inglês tricampeão mundial em Austin. Nada de protelações. Nada de adiamentos. E tratou de ir garantindo sua vitória e o título logo na largada. Teve até “chega pra lá” em Rosberg imediatamente na primeira curva, a mais complicada de todas, uma vez que a pista escorregadia tirava totalmente a aderência dos pneus e por eles se desgastavam com velocidade ainda maior.

Com os calçados menos eficientes que os de seus principais adversários, Hamilton pôde contar com uma excelente estratégia da Mercedes. A equipe o colocou em condições de recuperar as posições perdidas na pista. Como convém a um campeão.

Também uma lenda da F-1, Jackie Stewart disse semana passada que é preciso um pouco mais de tempo para que Hamilton seja considerado um “grande piloto”. É uma opinião. Acho que o ex-patrão de Rubinho Barrichello está errado e falando sozinho nessa. Meu Deus do céu, o que será necessário para Lewis satisfazer tamanhas exigências? Mesmo com o excelente carro que lhe deram desde o ano passado, será que o fato de não cometer ou cometer poucos erros durante a temporada até ontem não poderia colocá-lo no seleto panteão dos notáveis?

Por essas e por outras, Hamilton conquistou por méritos o tricampeonato. Justo, muito justo, justíssimo.

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