União legal

1.432 casais oficializam união em casamento comunitário

Celebração foi realizada pela Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) no Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão; projeto já reconheceu união de mais de 80 mil casais

Thiago Bastos/O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

A Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) realizou, no início da noite de ontem, no Centro de Convenções do campus universitário Dom Delgado (Bacanga) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), mais uma edição do casamento comunitário. Na ocasião, 1.432 casais foram unidos de forma coletiva e oficializaram judicialmente suas relações. Dois casais homoafetivos, que também teriam suas situações conjugais reconhecidas, não compareceram ao evento.

No total, ainda segundo dados da CGJ, 250 pessoas auxiliaram na organização do casamento. Ao abrir a cerimônia, a corregedora-geral de Justiça, Nelma Sarney, destacou o papel do Judiciário na promoção de atividades voltadas para o bem-estar social. “Trata-se de um projeto que, além de oficializar as relações conjugais, também é um compromisso do Poder Judiciário com a sociedade maranhense”, des­tacou.

Durante o ato, a corregedora anunciou que a próxima etapa do casamento comunitário acontecerá no primeiro semestre do ano que vem, no município maranhense de Santo Amaro (distante 110 quilômetros da capital maranhense e que, pela primeira vez, receberá o projeto).

Em seguida, alguns casais (em ordem de idade) foram chamados para subir ao palco principal e cada um deles teve a união oficializada por um juiz de Direito. Dentre as duplas estava o autônomo Mauro Washington da Silva, de 27 anos, que se casou com a mais jovem do casamento comunitário, de acordo com a CGJ: a estudante Maria Francisca de Jesus, de 16 anos. A união foi oficializada pela juíza Joseane de Jesus Pereira. “Fazendo uso das minhas atribuições como juíza, eu vos declaro marido e mulher”, disse ela, segurando nos braços o filho do casal, João (de apenas 17 dias).

Emocionada, a noiva mais jo­vem agradeceu à Justiça pela possibilidade de celebração do casamento. “Era uma vontade nossa casar e agora vamos começar nos­sa família, finalmente”, disse. Já a pessoa mais velha a se casar foi o aposentado Antônio Joaquim Medeiros, de 76 anos, que se uniu judicialmente com a dona de casa Elisabeth Neves Leandra, de 44 anos. “A gente já vive juntos há 28 anos, mas só agora consegui me divorciar da primeira esposa e pude casar”, justificou o aposentado.
A dona de casa Célia Ferreira Vieira, de 62 anos, além de oficializar matrimônio com o aposentado Ivaldo Barbosa, de 68 anos, também viu a própria filha – Nilcilene Vieira Barbosa, se casar. “Imagine como eu estou aqui hoje [on­tem]!”, declarou.

Ao final da celebração, foram sorteados brindes aos casais participantes. Eentre os prêmios, estavam micro-ondas, cafeteiras e ferros de passar. l

Mais - Idealizado pelo desembargador Jorge Rachid, o projeto de promoção de casamentos comunitários começou em 1999, com a promoção de união (por parte da CGJ) entre casais na Praça Maria Aragão. Na ocasião, de acordo com a CGJ, mais de 5 mil casais tiveram suas situações conjugais reconhecidas. Desde a implantação do projeto de casamento comunitário, mais de 80 mil uniões foram oficializadas.

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