Sem asfaltamento

Moradores da Ilhinha denunciam danos causados por obras da Caema em vias

Segundo eles, a troca de tubulação foi efetuada com êxito pela empresa Artec, mas as obras de pavimentação não foram feitas corretamente, e as ruas do bairro estão cobertas de lama

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

[e-s001]Os moradores da Ilhinha estão revoltados com a empresa Artec, que efetua, desde o ano passado, obras de saneamento básico em ruas e avenidas de São Luís. De acordo com eles, apesar da troca de tubulação efetuada com sucesso pelo empreendimento, as obras complementares de pavimentação das vias do bairro não foram feitas corretamente.

Em várias vias, a colocação do asfalto não foi feita. Na Rua 9, por exemplo, mesmo após os serviços, a pavimentação está incompleta. O Estado esteve na manhã de ontem na via e constatou que, além da Rua 9, outras vias enfren­tam problema semelhante. “A mi­nha casa, por exemplo, fica em uma rua ao lado de um comércio. Aí, vem a empresa, corta a rua e depois não conserta. Assim, fica muito complicado”, disse o aposentado Valter Moura Lima, morador da Rua 9, casa 37, da Ilhinha.

Em outros trechos do bairro, além da execução incompleta ou mesmo ineficaz de colocação de asfalto nas ruas, outros moradores da localidade denunciam que o uso de máquinas de grande por­te nos serviços de saneamento básico no bairro também interferiu na estrutura física de algumas residências. A dona de casa Lucélia Diniz, moradora da Avenida Ferreira Gullar, nº7, na Ilhinha, informou que a sua casa está com rachaduras. “Desde que a empresa abriu uma cratera ao lado da mi­nha casa, além do incômodo em não conseguir entrar em casa, também há o dano ao meu imóvel. Isso é um absurdo, pois eu achava mais certo que a empresa nos chamasse e dissesse o que iria fazer”, disse.

[e-s001]O comerciante José Ribamar Santos, também morador da Avenida Ferreira Gullar, na Ilhinha, também teve o imóvel prejudicado por causa da atuação das má­quinas da empresa Artec. Ele contratou um advogado e informou que, por causa do problema, acionará o poder público na Justiça. “É uma providência que todo o cidadão de bem deveria tomar. Não dá para ver o poder público atuando apenas para o seu bem, para dizer que fez a obra e deixando o povo à mercê de problemas”, afirmou.

Audiência - Para tentar solucionar o proble­ma, representantes da comunidade Ilhinha organizaram, na noi­te de quarta-feira, uma audiência pública com membros da Artec e da Prefeitura de São Luís (por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos). Apesar de a reunião ter sido convocada na semana passada, com ofício encaminhado para a empresa e Município, no mesmo período, nenhum representante esteve no encontro.

[e-s001]De acordo com o membro do Conselho Social da Defesa dos Direitos da Comunidade do bairro Ilhinha, Wilson Viana, deverá ser organizada uma nova audiência pública com membros da administração pública. “Como é que no dia do encontro a Artec me liga para desmarcar o que já estava acertado com o povo?”, indagou.

Apesar da ausência do poder público, a audiência com a comu­nidade foi realizada. Na ocasião, moradores, por meio de apresentação em slides, mostraram fotografias das ruas e avenidas do bair­ro sob as perspectivas de antes e depois das obras da Artec.

[e-s001]Sem posicionamento
Até o fechamento desta página, a Prefeitura e a Artec não informaram o porquê da ausência de representantes na audiência pública. Sobre o asfalto nas vias, foi procurada por O Estado a Compa­nhia de Saneamento Ambiental (Caema), responsável por verificar os serviços da Artec, mas que também não se posicionou so­bre o caso.

[e-s001]Situação semelhante acontece no João de Deus

Os moradores do bairro João de Deus também reclamam das obras realizadas pela Artec na Avenida Tales Neto. A tubulação de esgoto foi colocada na principal via de comércio da região, onde diariamente há grande fluxo de veículos de passeio e ônibus que servem ao bairro. Mas após finalizado o serviço não foi colocada a pavimentação asfáltica. Com isso e a constância de veículos, formaram-se crateras na via, acumulando lama e prejudicando quem trabalha e mora na área. Eles frisaram ainda que a obra começou a ser feita em paralelo a serviço semelhante na Avenida Ana Jansen, onde, porém, após cada quilômetro escavado e instalada tubulação, a pavimentação foi logo colocada, ao contrário da Tales Neto e das vias da Ilhinha.

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