Derrubada

Cumprida reintegração de posse em terreno invadido no Miritiua

Terreno está localizado ao lado da sede do time do Sampaio Corrêa; operação começou no início da manhã e não houve resistência dos invasores, que no dia anterior fizeram manifestação em avenida para permanecer no local

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

A Polícia Militar (PM) deu apoio, na manhã de on­tem, à ação judicial de reintegração de posse em um terreno localizado ao lado da sede do Sampaio Corrêa, na região do Miritiua, em São Luís. Diversas pessoas haviam ocupado ilegalmente o espaço, erguendo ca­sebres na localidade, que foram todos derrubados na atividade realizada ontem.

A reintegração de posse foi determinada pela 2ª Vara Cível de São José de Ribamar. Na terça-feira, dia 20, os invasores promoveram uma manifestação e interditaram a Avenida General Arthur Carvalho, em protesto contra a reintegração de posse.

O terreno fica localizado à margem da via, conhecida como Avenida Sampaio Corrêa, e segundo os moradores das proximidades o terreno estava abandonado há anos e a área tomada pelo mato servia como esconderijo para marginais, consumo de drogas, desova de cadáveres e prática de outros crimes, como assaltos e estupros.

Retirada
Mais de 300 homens do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) participaram da atividade. Além disso, oficiais da Ronda Ostensiva Tático Mó­vel (Rotam), Batalhão de Choque (BP Choque), Grupo Tático Aéreo (GTA), Companhia de Polícia Militar Rodoviária Independente (CPRV Ind) e Corpo de Bombeiros deram apoio na atividade.

A derrubada começou por volta de 8h e, quando a atividade se iniciou, a maioria das famílias já havia deixado o local, restando apenas algumas que estavam retirando seus pertences de dentro dos casebres.

Dessa vez, não foi registrado con­fronto entre os invasores e a Polícia Militar e a desocupação do terreno transcorreu de forma pacífica. Escavadeiras foram utilizadas para fazer a derrubada dos diversos casebres erguidos no local pelos invasores. A Polícia Militar permaneceu na área durante todo o dia, até que as construções fossem destruídas.

Tentativa
Em agosto deste ano, uma tentativa de reintegração do mesmo terreno terminou em tragédia. Um jovem de 19 anos, identificado como Fagner Barros Santos, foi morto com um tiro e, na ocasião, outra pessoa foi alvejada por um disparo.

Na ocasião, os moradores ficaram revoltados com a situação e afirmaram que a Polícia Militar havia agido de maneira covarde e usando força de forma desproporcional. Após a operação, as armas dos policiais que participaram da atividade foram recolhidas para a análise pericial.

Foi instaurado um inquérito para apurar o caso e o resultado ainda não foi divulgado.
O corpo Fagner Barros foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para fazer exames periciais, que foram anexados ao inquérito, coordenado pela equipe da Delegacia de Homicídios.

LIMINARES DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE

Dias depois da tentativa de reintegração de posse que terminou com a morte de Fagner Barros Santos, a juíza Ticiany Gedeon Maciel Palácio, da 2ª Vara Cível de São José de Ribamar, suspendeu a liminar que foi concedida em favor da requerente Hispamix Brasil Investimentos LTDA e que garantia a reintegração ainda no início de agosto. Em sua decisão, uma das causas apontadas para a suspensão da reintegração foi a morte de Fagner Barros. Ainda no mesmo mês, a juíza deferiu o pedido de liminar de reintegração de posse, determinando a reintegração da área ocupada. A decisão ressaltava ainda o uso da força policial, devendo ser utilizada com a observância do Manual de Diretrizes Nacionais.

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