Refugiados

Banco Mundial pode compensar vizinhos da Síria por refugiados

Instituição quer conversar com países sobre pagamento de compensação; Jordânia, Líbano e Turquia receberam centenas de milhares de sírios

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54

Teerã - O Banco Mundial planeja conversar com os países membros da instituição sobre o pagamento de compensação a vizinhos da Síria pelo custo substancial de acolher refugiados por longos períodos, disse um funcionário da instituição em Genebra, nesta quinta-feira.

"É realmente muito significativo para países como a Jordânia, o Líbano e a Turquia, e algumas estimativas apontam para um valor de cerca de 1,1 a 1,4 por cento do PIB", disse Colin Bruce, conselheiro sênior do presidente do Banco Mundial, em uma conferência.

"Reconhecemos que para muitos desses países há um custo associado à hospedagem dos refugiados e eles precisam ser compensados", disse. "Estamos bem preparados para entrar nesse diálogo com nossos acionistas sobre a forma como apoiar a compensação dos países, e em particular os de renda média que não têm acesso a recursos concessionais, e essa é a conversa que está ocorrendo."

Doações

Autoridades humanitárias já disseram que as regras do Banco Mundial as proíbem de fazer doações para países de renda média, como o Líbano, mas que os governos não estão dispostos a tomar empréstimos do banco para cobrir os custos com os refugiados, deixando uma enorme lacuna de financiamento para as nações que estão acolhendo 4 milhões de sírios.

Bruce fez a afirmação em uma reunião preparatória para a Cúpula Humanitária Mundial 2016, na qual a Organização das Nações Unidas espera reformar a maneira como emergências do tipo da crise dos refugiados sírios são enfrentadas e financiados, após uma série de crises globais terem deslocado de suas casas 60 milhões de pessoas e sobrecarregado o orçamento da ONU para a ajuda.

Bruce disse que o banco também tem em mente que os refugiados e os imigrantes podem ter um impacto econômico positivo no longo prazo, e a instituição quer aconselhar os governos sobre políticas para tirar proveito desse afluxo de pessoas.

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