De volta ao ponto

Depois de idas e vindas, o Projeto de Lei que dispõe sobre serviços de transporte coletivo na capital retornará à Câmara. Depois do desgaste sofrido antes e de suas intenções eleitorais para 2016, Edivaldo Jr. não deve cometer os mesmos erros. Será?

Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54

Os meandros do transporte público de São Luís devem movimentar o plenário da Câmara Municipal em breve. Depois de idas e vindas à Casa, o Projeto de Lei Complementar nº 076/2014, que dispõe sobre a prestação dos serviços de transporte coletivo na capital, retornará à pauta, conforme palavra do secretário Canindé Barros (SMTT).

Em meio a petardos de vereadores e estudantes, o projeto havia sido retirado de cena pelo prefeito Edivaldo Júnior, no início de junho. Ele chegou a admitir erros na redação da proposta.

O Estado fez a denúncia que resultou no recuo da Prefeitura, em reportagem publicada no dia 7 de junho (um domingo). Havia indícios de que o documento poderia ter sido fraudado, dando margem a uma série de suspeitas e questionamentos feitos por vereadores como Fábio Câmara (PMDB) e Rose Sales (PV).

Outro ponto que incomodou bastante, principalmente a população, foi a ameaça de corte de benefícios conquistados por usuários do transporte público. Um deles era a restrição do direito à meia passagem apenas a estudantes da rede pública, excluindo alunos de escolas particulares. O projeto mexia também na reserva de assentos para idosos e pessoas com deficiência, reduzia o percentual de ônibus direcionados para deficientes físicos e revogava a garantia de passe livre para pessoas com Aids.

Por essas e outras, foi grande o desgaste do prefeito Edivaldo Júnior após revelado o conteúdo do documento enviado, à época, ao Legislativo Municipal.

O vereador Fábio Câmara afirmou a O Estado que o novo texto ainda não foi repassado para a Comissão Parlamentar de Transportes, presidida por ele. Mas, já adiantou que analisará cuidadosamente o documento que trata da licitação do sistema de transporte da capital.

Diante do desgaste sofrido anteriormente e de suas intenções eleitorais para o próximo ano, Edivaldo Júnior provavelmente não cometerá os mesmos erros.

Será?

Qual nada

O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), resolveu adotar uma medida, no mínimo, populista, para tentar equilibrar as contas do Município.

Anunciou corte de 10% do próprio salário, de R$ 25 mil.

Com os R$ 2,5 mil por mês, terá economizado “exorbitantes” R$ 30 mil em um ano.

Contenção

A repercussão fez a Prefeitura anunciar, para hoje, reunião para alinhamento de medidas de austeridade de contenção de gastos.

As ações para a realinhamento dos gastos públicos serão traçadas pelo Comitê Financeiro Orçamentário, formado por Seplan, Semad, Sefaz e CGM, sob o comando do prefeito Edivaldo Júnior.

De acordo com o chefe do Executivo municipal, está assegurada a continuidade do volume de obras implantadas em toda a cidade e a qualidade do trabalho prestado.

Cabral

O governador Flávio Dino (PCdoB) exagerou, no fim de semana, ao comentar o trabalho à frente do Executivo estadual.

Disse que, como gestor, precisa dar conta, em quatro anos, de demandas acumuladas ao longo de quatro séculos. “Temos que fazer 4 séculos em 4 anos”, escreveu.

Nas rodas de conversa, Dino começou a ser chamado de o Pedro Álvares Cabral do Maranhão.

Indignação vizinha

Não são apenas os maranhenses que andam se surpreendendo negativamente com o governador Flávio Dino (PCdoB).

Ontem, em sua coluna no jornal O Dia, o articulista Arimatéia Azevedo reclamou da viagem que o comunista fez a Timon só para anunciar um pequeno investimento.

Na cidade, o governador informou investimento de R$ 400 mil para a reforma da Ponte da Amizade. O valor foi considerado “bem pouco” pelo colunista, para quem o anúncio poderia ter sido feito de São Luís mesmo.

Por que te calas?

É constrangedor o silêncio de entidades como a AMMA e a CGJ diante das recentes e graves acusações do deputado Fernando Furtado (PCdoB).

Sem citar nomes, o comunista acusou desembargadores de negociarem sentenças com deputados para beneficiar prefeitos maranhenses. E as entidades, até agora, nada.

Em casos recentes, quando magistrados foram criticados na imprensa, a reação foi rápida. Por que, agora, calam-se?

Sem autonomia

O vereador Fábio Câmara (PMDB) criticou, em entrevista ao jornalista Daniel Matos, de O Estado, a ingerência do governador Flávio Dino (PCdoB) sobre a gestão Edivaldo Júnior. (PDT).

Diz o peemedebista que o prefeito é tão submisso que não pode, sequer, definir com quem se coligar para disputar a reeleição, em 2016.

“Recentemente, o PT do Maranhão e de São Luís sinalizou para o Edivaldo e o Dino e o Jerry, não necessariamente nessa ordem, disseram: Não!”, disse.

E mais

A Prefeitura de São Luís diz que municípios maranhenses registram queda de R$ 87 milhões nos repasses do FPM em julho e agosto.

O vereador Fábio Câmara ainda acredita na possibilidade de ser o novo presidente do PMDB em São Luís.

Agentes penitenciários informam que chegaram a avisar a Sejap, no domingo, sobre a fuga ocorrida ontem.

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